terça-feira, 29 de novembro de 2011

5ª Meia Maratona de Blumenau

Chegou o fim de semana. E, quem diria, tinha uma corrida no calendário. Dessa eu não ia participar, mas pessoa influenciável que sou, fui convencido e me inscrevi nos últimos instantes na Meia Maratona de Blumenau. Inscrição feita, era só correr. Treino específico pra prova não fiz. Só o de sempre. Atualmente, correr 21 km é muito menos sofrido do que foi em junho. Preparado, daquele jeito, fomos a Blumenau.

Fomos porque fui junto com o Eduardo. A gente é doido mesmo. Acordei na madrugada de domingo às 3:45 pra seguir toda a minha rotina pré-prova. Partimos às 4:15. Viagem tranquila. Chegamos em Blumenau 6:10. Bem tranquilo, sem maiores transtornos. A maior dificuldade foi dormir cedo no sábado e acordar cedo no domingo. O tempo estava perfeito para correr. A largada, que seria às 7 horas, teve um atraso de meia hora. Mesmo assim, continuava um bom horário para se largar.

O objetivo nessa meia maratona era baixar meu tempo de 1:59:02. Não iria ser fácil, mas era bem possível. Essa ideia tomou mais forma ainda na minha cabeça quando li na divulgação da prova "trecho 90% plano". Me enganaram. Nunca que Blumenau vai ter uma corrida 90% plana. Várias falsas subidas e descidas. As reais eram muito piores. Não devia ter me iludido com o comunicado. Tive que me adaptar durante a corrida.

Comecei a prova bem. E muito rápido. Burro demais. Não era uma prova de 10 km, eram 21. Nos 6 km iniciais, tempo excelente. Fiz em 31:04. Faltavam 15 km e o problema começou aí. Senti que as pernas não iam aguentar o ritmo. Elas são inteligentes, sabem das coisas, diferente do dono. Entre o km 7 e o 16, variei o pace entre 5:31 e 5:43. Caiu, como esperado, mas tava constante. Terminei o 16º km em 1:27:02. Seguindo nesse ritmo, terminaria a prova em menos de 1:55:00, o sonho maior.

Havia um porém em forma de ritmo, que caiu mais um pouco. Foi pra casa dos 6:00 min/km. Coincidência ou não, foi depois do km 16 que tomei meu último gel. De chocolate, horrível, e não tinha água por perto. A boca ficou pastosa. Senti que fiquei mais devagar. Depois de 16 km, pernas sentindo a prova, gel na hora errada, água só no km 18, tudo ajudou a piorar. Tentei me recuperar, mas não dava mais. A cada quilômetro continuava no mesmo ritmo.

Quando passei no km 17, percebi que o sub 1:55:00 era impossível, mas naquele ritmo o recorde viria. Não seria nada exorbitante, mas baixaria o tempo. A água salvadora do km 18 apareceu. Peguei dois copos pra tentar dar um jeito e melhorar. Não deu. Fui me arrastando. Era a única alternativa possível. O ritmo forte do começo cobrou sua conta. Mas esse mesmo ritmo forte me permitiu melhorar o tempo total. Os segundos que ganhei lá no começo foram úteis na quebra do recorde, embora tenham contribuído pra minha quebra.

Pode se dizer que foi o errado que deu certo. Com certeza, não foi a melhor estratégia. Terminei a meia maratona em 1:58:10 e fiz o recorde pessoal, mas cheguei me arrastando. O final dela foi muito mais sofrido do que a última, em Pomerode. Exagerei demais no início. O sobe e desce em alguns trechos colaborou para meu declínio físico. O maior culpado, no entanto, fui eu mesmo. O bom de ter tempos altos é que não é tão difícil fazer novos recordes.

Cheguei morrido. Fazer a curva e ver a chegada, na Vila Germânica, foi a melhor das sensações. O fim que nunca chegava, chegou. Foi difícil e sofrido. Nem um sprint final decente consegui. Nunca uma garrafinha de Gatorade foi tão bem-vinda. Cada vez é mais legal correr uma meia maratona. Pode ser sofrido como foi essa, mas é cada vez mais fácil correr 21 km. Eu me divirto igual. Da próxima vez, adotarei uma estratégia mais sensata.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

5ª Corrida Pela Vida

Seguindo a sequência interminável de corridas todo fim de semana, fui pra mais uma. A 5ª Corrida Pela Vida. Não sei em qual momento começaram essas Corridas Pela Vida, mas devo ter corrida todas as quatro anteriores, ou a maioria delas. Provas de 5 e 10 km, lá na Beira Mar do Estreito, o lugar da moda das corridas atualmente. Tem corrida? É no Estreito. Já conheço trajeto de tanto correr lá. Obviamente, me inscrevi na prova de 10 km. O objetivo era fazer um tempo bom, se possível com recorde pessoal. Meus últimos treinos me davam suporte para pensar mais alto.

O dia amanheceu nublado e até choveu pouco antes da largada. Clima perfeito pra correr. A largada atrasou e foi pouco depois das 8:30. O trajeto era conhecido. Larga no começo da Beira Mar e vai até a entrada da ponte Pedro Ivo. 10 km representava 2 voltas no circuito. Largamos e tentei começar mais contido. Muitos corredores me passavam e eu senti que meu ritmo estava bom, mas parecia devagar. Passei o 1º km a 4:53 e, de fato, eu estava em um ritmo adequado. Os outros é que estavam rápidos demais. Alguns eu passaria mais tarde.

Pra não me alongar demais, vou resumir da seguinte forma: fiz os 2 km em 9:53. Tava bom. A partir daí, nos km's ímpares (3, 5, 7 e 9) fiz pace entre 5:21 e 5:29. Nos km's pares (4, 6, 8 e 10) o pace foi entre 5:01 e 5:13. Digamos que eu recuperava no quilômetro par a lentidão do quilômetro ímpar. Do 4º km em diante, consegui manter uma posição constante na corrida. Dos corredores rápidos lá do começo da prova, passei os que exageraram no ritmo e me mantive sem ser ultrapassado por eles. Alguns outros me passaram, mas compensava com outras ultrapassagens.

Não sei se tinha vento na primeira volta ou não. Só sei que senti muito mais o vento contra na segunda. Ele me segurava e eu queria ir mais rápido. Meu GPS avisou que fiz os 9 km em 46:54. Era praticamente impossível não bater meu recorde de 52:18. Tinha 5:23 pra fazer o último e derradeiro quilômetro. Comecei a aumentar o ritmo, porque, além do recorde, queria fazer o 10º km abaixo de 5:00. Fiz o que pude, enfrentei o vento, passei mais alguns corredores e fechei com 5:02. Aquele esforço final que não fiz tão forte foi determinante pro pace não ficar abaixo de 5:00. Tempo total: 51:54, novo recorde mundial.

Perco a concentração fácil durante a corrida. Dessa vez, tentei ao máximo não me distrar olhando a ponte Hercílio Luz ou como os outros corredores estavam correndo. Nem água eu peguei, em nenhum instante. Não senti vontade, mas acho que da próxima vez vou pegar, nem que seja pra jogar no corpo. Se bem que nessa corrida de domingo, não haveria água na segunda volta. Faltar água é quase como dar um tiro na pessoa. Os que estavam mais atrás não encontraram água. E geralmente são os que mais precisam. A corrida teve chip (só faltou o tapete na largada), marcou o tempo certo, mas deixou faltar o mais fundamental.

Acabou a corrida, fiquei feliz com o tempo e esperei pela premiação. Não que eu achasse que teria alguma chance de ganhar qualquer coisa. Estava de carona e todo mundo ficou pra ver a premiação. Fiquei também. A premiação demorou MUITO tempo pra começar. Foi meio enrolado. Premiaram as categorias dos 5 km e começaram as do 10 km. Como sempre, anunciam de cima pra baixo. Minha categoria atual, 20-24 anos, é a última ou penúltima a ser chamada.

Demora, mas sempre chega. O cara do microfone começou anunciando os 5 primeiros. Falou o quinto colocado e nada do meu nome. Falou o quarto e não me chamou de novo. Nessa hora, já tinha perdido as esperanças. Exceto por uma vez, todas as outras só ganhei troféus porque não tinha mais ninguém na categoria e eu era o último. Então, chamaram o terceiro colocado: "Enio Augusto". Foi muito inacreditável. Eu, em uma corrida de 10 km, ganhei de 2 corredores da categoria. Era algo inédito. Meio surpreso, meio feliz, subi ao pódio para pegar mais um troféu.

Era pra ser só mais um domingo normal de corrida. Correr, encontrar os amigos, se divertir. Acabou que foi o melhor fim de semeana possível. Recorde pessoal e troféu sem ser o último. Minha coleção de troféus está aumentando. Não cabe mais na prateleira. Nunca pensei que isso fosse acontecer. Ou, pelo menos, não esperava que já estivesse lotada em tão pouco tempo correndo. O pace final da prova ficou em 5:12. O objetivo é chegar no pace abaixo de 5:00. Se não for este ano, tenho certeza que não passa de 2012.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

1ª Corrida Rústica Vento Sul

Domingo último, mais uma corrida. Dessa vez, 8 km, ali pela Via Expressa Sul, em Florianópolis. A 1ª Corrida Rústica A.A.E.I.V.S. (Associação Atlética Esportiva Infantil Vento Sul de Florianópolis). Nome grande, pomposo, para uma prova que foi muito legal. Os treinos da semana foram bem produtivos. Alguns recordes pessoais foram batidos. Essa é a vantagem de ser uma tartaruga. Fica mais fácil bater os recordes de qualquer distância.

Não tive o que se pode chamar de boa noite de sono. Fui dormir às 3 da manhã e acordei às 8. Nesse momento, agradeci pela largada ser só às 10 horas. Não é um bom horário, mas devido às minhas condições, foi melhor assim. O tempo ainda colaborou bastante. Nublado, com escassos pingos de chuva. Era perfeito pra correr. Aos poucos, os corredores foram chegando. Infelizmente, compareceram menos atletas do que a prova merecia.

O percurso foi todo pelas vias laterais da Via Expressa Sul (pode chamar de ciclovias também), atravessando a avenida pelas passarelas, sendo este o melhor momento da prova. Duas vezes, inclusive. Foi muito massa passar por cima da avenida. Mesmo com essas duas subidas, meu desempenho foi bem razoável, não caiu muito. A largada foi dada e os poucos corredores saíram em um ritmo absurdo pros meus padrões. Pensei em acompanhar, mas desisti.

Mesmo assim, para minha surpresa, corri o 1º km em 4:52. Achei que estava devagar, mas era uma falsa impressão. Estava no fim da fila e correndo em um ritmo rápido pra mim, mas essa rapidez não era suficiente para sequer chegar perto dos outros. Era estranho. Me esforçava, corri bem e a distância só aumentava. Acho que corro contra alienígenas. Praticamente impossível chegar perto deles. Meus treinos me tornarão um alien.

Fiz o 2º km a 5:02, o 3º km a 5:06 e o 4º km a 5:13. O 2º km foi a primeira passagem pela passarela, com a primeira subida. Ritmo bom. O 5º km foi a 5:17. Já o 6º km, que teve a segunda passagem pela passarela com a última subida, fiz a 5:31, meu pior pace na prova. Aí desci a passarela e coloquei na minha cabeça que só havia mais 2 km's e era o momento de tentar acelerar pra fazer um fim de prova decente, com novo recorde pessoal.

Completei o 7º km a 5:00 e passei um corredor, o único que passei na corrida inteira. O último e 8º km foi a 4:57. Fiquei muito satisfeito com o desempenho, com o tempo, com tudo. Terminei a corrida de 8 km em 40:57, pace de 5:07. Recorde mundial pessoal na distância. Nunca fui tão rápido. E sem tomar água. Todos os treinos e corridas anteriores devem ter ajudado. Fiquei realmente feliz. Correr nesse pace era um sonho impossível tempos atrás.

A melhor parte vem agora. Ter poucos participantes (acho que foram uns 34 ou 35) faz a prova ser muita concorrida. Só vai quem corre muito. Eu faço meu recorde pessoal e fico quase em último. Por outro lado, não há muita concorrência pelos troféus. Como corredor único na minha categoria, ganhei o troféu de primeiro lugar. Azar de quem não foi. Eu fui e trouxe pra casa o inédito troféu. Recorde pessoal e troféu. Não poderia ser melhor.

Diferente de outras provas, essa informou que teria 8 km e teve. Cravado, sem erros. Nunca espero por tanta exatidão, uma margem de erros de metros é sempre tolerável. Mas não, dessa vez foi perfeito. Fora isso, o percurso e a organização foram excelentes. Pena ter poucos corredores participando. Tomara que aconteçam mais vezes provas por este percurso. Foi bem tranquilo, sem problemas. Treinar funciona. Mais recordes virão.

Corrida Rústica 50 anos PRF

Texto com uma semana de atraso. Vamos lá. Corri sábado (05), me decepcionei comigo mesmo, mas doido que sou, fui correr domingo (06) também. Foram 5 km no sábado e 10 km no domingo. A corrida de sábado era a corrida do fim de semana, pra se matar tentando o recorde. A de domingo, em comemoração aos 50 anos da Polícia Rodoviária Federal em SC, serviu mais como um treino, com objetivo de correr bem os 5 primeiros km.

Como tinha prova de 5 km também, o número total de corredores foi maior do que no sábado. O sábado, apesar de só 5 km, exigiu bastante. Logo, domingo era correr forte até onde dava e depois só concluir. Assim fiz. Até o 4º km consegui manter um ritmo bom, até rápido eu diria. Depois caiu. Era esperado. Queria ficar bem até a metade, mas não deu. Nem insisti. Melhor não forçar. A segunda volta do percurso foi só passeio.

A única coisa boa da corrida foi o sprint final. Vi a placa de 9 km e comecei a acelerar. E acelerar. Passei 5 corredores que me passaram na segunda volta. Foi muito bom mesmo. Sobre o percurso: foi na Beira Mar do Estreito, que parece ser o novo lugar para realização das provas(pelo menos enquanto não inauguram e abrem para os carros). Saímos da Beira Mar e passamos embaixo das outras pontes. Percurso diferente, bonito.

Lamento que a distância total, novamente, não tenha sido a dos 10 km programados. Sei lá se é muito difícil marcar a quilometragem, mas se for pra errar, que erre pra mais. Geralmente é pra menos. Esta prova teve 9,58 km. No GPS do Eduardo deu 9,62 km. Logo, não deu 10 km. A medalha foi de acrílico. Prefiro as tradicionais, mas pelo menos a medalha de acrílico era personalizada, como vocês podem ver mais acima.

Esse negócio de correr duas provas em dois dias não é a melhor das ideias, mas planos futuros mostram que esse é o caminho. Se correr as duas sem forçar, vai tranquilo. O resto da semana foi de treinos, tiros pra matar, e expectativa para a próxima prova. Novembro parece ser o mês da evolução desse ser humano, que aqui escreve, no mundo das corridas.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Correr e escrever, é só começar

Estava o domingo à toa, vendo a rodada do Brasileiro, quando resolvi abrir o blog e começar a escrever o post da corrida da 1ª Volta do Balneário. Seria só um esboço, ia ficar no rascunho salvo para eu melhorar posteriormente. Essa era a ideia inicial. Aí comecei a escrever, e foi, e foi, e, de repente, o post estava pronto, com 8 parágrafos.

Chego então no ponto que me fez escrever este post. Pra começar a escrever, basta eu começar uma linha, por mais sem sentido que ela seja. O resto do texto vai aparecendo, de um jeito ou de outro. Ontem foi assim, hoje foi do mesmo jeito. E até que não fica tão ruim de entender. Talvez de ler, porque, reconheço, escrevo demais de vez em quando.

Se pra escrever funciona assim, pra correr é a mesma coisa. Vez ou outra, ficar em casa parece a melhor opção. Mas basta botar o pé na rua pra perceber quão bom é correr. Muitas vezes só é preciso começar. E essa pode ser a parte mais difícil. Depois disso, as palavras aparecem e as pernas se mexem. Nem dá vontade de parar. Funciona. Tenta aí.

domingo, 6 de novembro de 2011

1ª Volta do Balneário

Sábado, 05/11/2011. Esse era o dia para fazer meu melhor tempo nos 5 km. Fazia tempo que não participava de uma prova de 5 km. Aí, apareceu a 1ª Volta do Balneário. Durante a semana que antecedeu a prova, fiz uns treinos e bati meu recorde nos 5 km. Vi que era possível e botei esse objetivo na minha cabeça. Sábado era o dia. Recorde pessoal. E não só isso. Tempo abaixo dos 25 minutos ou morte. Esse era o pensamento.

Chegou o dia. A corrida foi às 16 horas, com sol das 15. Tinha medo que o almoço pudesse me incomodar, já que no sábado de manhã fui acometido por uma diarréia feia. De acordo com o regulamento, teríamos que correr com a camisa da corrida (pior camisa). Pra terminar, tinha o vento contra na Beira Mar do Estreito. Esses fatores influenciaram meu desempenho. Alguns eram conhecidos, outros não.

Nunca tinha ido na praça, que esqueci o nome e não tô com vontade de procurar no Google, onde foi a largada. Lugar bem legal. Peguei o kit e vi que a camisa era uma porcaria pra correr. Enfim, regulamento é regulamento. Vamos usá-la. Pelo menos era regata. Cada vez foi chegando mais gente e o número final de corredores que participaram ficou bem razoável, considerando a quantidade que temos nas provas na Grande Florianópolis.

Tava quente demais. Seria sofrido. Por outro lado, eram só 5 km. Coisa rápida. Largada! Comecei no ritmo forte que pretendia. 1º km em 4:17 foi até mais rápido do que o desejado, mas tava abaixo dos 5:00 min/km. No 2º km, caiu um pouco o ritmo e fechei em 4:54, ainda abaixo do objetivo. Aí veio o retorno, a pior parte. Entendi porque fui tão bem no começo. Juntou a empolgação da largada com o vento a favor.

A volta foi sofrida. O vento contra cobrou o que deu na ida. E cobrou com juros. Me segurou demais. Fiz o 3º km em 5:26. No tempo total, ainda estava no meu obejtivo. Tinha 22 segundos sobrando. Não seria tão ruim se o próximo km não fosse contra o vento também. Completei o 4º km em 5:36 e fiquei com 14 segundos de desvantagem. Nesse momento, vi o recorde indo embora, sendo levado sem piedade pelo vento.

O último km foi fora da Beira Mar do Estreito. Ainda tinha um pouco de vento contra, mas estava mais tranquilo. O problema maior foi o cansaço de quem fez muita força pra vencer o vento e não conseguiu. A parte final foi pelas ruas e com algumas curvas. Completei o 5º km em 5:01 e terminei a corrida em 25:16. Não bati meu recorde, nem fiz abaixo de 25. Bota na conta do vento. Tive culpa também, mas tanto vento contra foi inesperado.

Aliás, sobre a frase "recorde ou morte": precisava de todos os estímulos possíveis. Quase deu certo. Deixo pra morrer mais tarde. Sobre a prova, o percurso teve exatos 5 km, coisa rara nessas corridas menores. Curioso foi um tronco na entrada da Beira Mar, que ainda está fechada para carros. Pode se dizer que foi uma corrida de 5 km com barreira, na ida e na volta. Na volta, muito mais sofrido pra pular o tronco. Foto do tronco mais abaixo.

O recorde foi adiado. Talvez ainda neste semana eu consiga fazer. Possivelmente, não será em uma prova como eu gostaria, mas recorde em treino também vale. De ruim, a prova teve a camisa e a premiação. A premiação demorou pra acontecer, foi desorganizada, com erros. Entre pontos positivos e negativos, foi uma corrida muito boa. A maior decepção foi comigo mesmo, sem conseguir o recorde pessoal. Não desistirei.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Reflexões corridas do que passou

Comecemos, pois, pelo começo do mês de outubro. A tão esperada maratona chegou e consegui completar com dignidade. O melhor de tudo, sem dúvidas, foi não sentir cãibras em nenhuma parte do percurso. Cansei, tive dores em vários lugares do corpo que nem sabia que existiam, mas as temidas cãibras não apareceram. Aliás, sei lá o por quê, mas se tem uma coisa difícil de eu ter, é câibra. Deve ser porque é ruim de escrever. Aí não tenho. Se tivesse, ia ter que escrever muito essa palavra e não ia dar certo.

Nessa mesma maratona, aconteceu algo inédito. Pela primeira vez na minha vida, que eu lembre, estive na passarela do samba de Florianópolis. Logicamente, a primeira vez não podia ser no carnaval. Adentrei a Nego Quirido pra completar a maratona e só depois me dei conta que a reta de chegada por onde passei é o lugar no qual as escolas desfilam. Um dia quero voltar pra passarela do samba, mas sem ter samba, como foi na maratona.

Ainda na maratona, outro aspecto que, às vezes, me incomoda: tempo bruto e tempo líquido. Nos últimos metro da maratona, dei um sprint, não sei como, e passei dois corredores. Ficaram pra trás mesmo. Aí fui ver o resultado da prova e tava eu atrás de um deles. Por quê? Por culpa do maldito tempo líquido. Ele largou um pouco depois de mim e tinha uma vantagem de mais alguns segundos. Toda a satisfação de passar alguém na reta final se esvai quando vejo a classificação e fica lá na reta final mesmo. Enfim, faz parte e é o certo.

Um parágrafo específico pro Mountain Do se faz necessário. Em 2010, nem sonhava em correr o Mountain Do. Apareceu a oportunidade. Participei em um octeto misto. 2011 foi um ano promissor. Começou com um octeto masculino no Costão do Santinho, passou por 18 km sozinho na Praia do Rosa e terminou com o antes inimaginável Mountain Do Lagoa da Conceição em dupla. Correr em trilhas e praias é complicado. Mas agora não vejo mais graça em correr Mountain Do se não for em dupla. Não sou o mais rápido, talvez seja até o mais lento, mas é muito mais legal correr em dupla. Em 2012 tem mais.

O mês de outubro foi pródigo em provas. Participei de 5 corridas em 5 finais de semana: Maratona de SC, Corrida Coruja, Mountain Do, Corrida da Base Aérea e Meia Maratona de Pomerode. No meio disso tudo, vários treinos. O tempo foi melhorando, o horário de verão chegou e tudo ficou mais fácil. A preguiça ainda visita, mas é quase impossível resistir a rua me chamando pra correr. As corridas e os treinos, creio, deram resultado.

Consegui correr a Meia de Pomerode abaixo de 2 horas. Não era o objetivo principal do ano, mas vi que era possível e consegui. Depois de Pomerode, fiz dois treinos muito animadores. Consegui correr constantemente abaixo de 5:00 min/km. Tem corrida de 5 km no sábado e o meu objetivo é correr os 5 km abaixo de 25 minutos. Ontem, corri 5 km em 25:10. Logo, é possível. Alguns ajustes precisam ser feitos, mas vai dar. Só penso nisso. O que pode me atrapalhar é o almoço de sábado, já que a corrida é à tarde.

Era pra ser algo sucinto, mas obviamente extrapolei os limites. Mais uma vez. Quem se importa? Precisava escrever tudo isso. Este blog virou praticamente um blog sobre corridas. Ficou mais interessante, não? Bom, vou tentar um dia postar sobre outra coisa, mas não garanto. A corrida meio que virou minha prioridade. Meio totalmente, percebe-se. Mais provas virão, mas espero ansiosamente uma em especial, a última do ano. É claro que falo da São Silvestre. Fim de ano será em São Paulo. E correndo. Me serve.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

4ª Meia Maratona Cidade de Pomerode

O mês de outubro terminou da melhor forma: correndo uma meia maratona. Começou lá no dia 2 com a minha primeira maratona e passou pelo Mountain Do em dupla. Pomerode não é uma cidade exatamente perto de Florianópolis. Acordei às 3:30 de domingo pra me ajeitar e fazer meus rituais e às 4:30 saí de casa. A viagem dura quase nada, aproximadamente 2:30. A largada era às 8:00. Ainda cheguei com 1 hora de antecedência. O tempo estava nublado, ideal para correr. Além disso, o percurso era praticamente todo plano.

A largada foi autorizada e lá fui eu. Tenho mania de pensar em alguma estratégia antes dessas provas maiores. Nessa meia maratona, tinha o objetivo de fazer qualquer coisa abaixo de 2 horas e bater meu recorde pessoal. Eram 21 km e dividi em 3 partes de 7 km. Cada parte deveria ser feita, preferencialmente, em até 40 minutos. Completar 21 km eu sei que consigo. O desafio agora era ter um desempenho melhor, mais linear, ao longo da prova.

A corrida foi 99% em asfalto, dedicado aos atletas. Poucos carros passaram pelo local pra atrapalhar. A volta foi mais pelo acostamento, mas com total segurança. Água bem gelada a cada 3 km. Percurso muito bom. Foram mais de 500 concluintes na meia maratona. Em nenhum momento corri sozinho. Mesmo no final, quando já havia maior dispersão. Outra coisa legal foram os marcadores de ritmo. Tinha de 1:45, 2:00 e 2:15. O que faltou foi um tapete na largada, pra ter controle do tempo líquido. Foi marcado apenas o tempo bruto. Sei o meu tempo líquido porque liguei o GPS quando passei no portal.

Acredito que os treinos longos pra maratona, na casa dos 20 km pra cima, me deram uma base boa para essa meia maratona. As duas anteriores que fiz foram sem tanta rodagem. A primeira foi a primeira, nunca tinha corrido mais de 16 km. Na segunda, algumas dores, e ainda a falta de experiência, não me permitiram uma boa performance. Dessa vez, foi diferente. As placas dos km's apareciam e eu não me sentia cansado. Cheguei nos 10 km e ainda me sentia bem demais. O cansaço ainda estava longe de aparecer.

A volta nem foi tão ruim quanto eu imaginava. Continuei no meu ritmo, mantendo a média linear desejada. Os marcadores de ritmo das 2:00 me passaram, mas me contive. Acelerar ainda no 14º km seria prejudicial para o final da minha prova. As placas dos km's passavam e eu não ficava cansado. Tomei só um gel no 9º km e nem senti necessidade do outro. Ali pelo 17º resolvi que dava pra acelerar um pouco mais. Depois, vi no GPS que as médias por km foram praticamente as mesmas, mas a sensação de esforço parecia maior, provavelmente por ser a parte final da corrida.

De qualquer maneira, passei muitos corredores a partir do km 17. Pelo menos 15 eu deixei pra trás. Meu ritmo não era estupendo, mas era constante e suficiente para passar pelos atletas que já estavam mais desgastados. A cada passo, sentia um pouco mais o cansaço. Mas cada passo pra frente era um pouco menos pra terminar. E assim fui pensando pra não diminuir o ritmo. A placa dos 20 km foi um alívio. Faltava pouco, mas nunca 1 km demorou tanto. Fiz o tempo desse último km na média, mas parecia que não ia acabar.

O asfalto acabou e vieram os paralelepípedos. Pior tipo de piso pra correr. Ainda bem que eram só os 200 m finais. Quando entrei no Pavilhão de Eventos, local da chegada, vi o relógio marcando menos de 2 horas e tive que acelerar um pouco mais. Eram poucos metros pra garantir meu sub 2 horas tão sonhado. Aumentei a velocidade e completei. Tempo bruto de 1:59:37. Parei o GPS, olhei o tempo e a surpresa foi ainda melhor: 1:59:02. Novo recorde pessoal, 2m14s mais rápido do que o anterior. Fiquei muito satisfeito.

Tenho certeza absoluta que os treinos pra maratona, a maratona e o Mountain Do ajudaram muito. Nunca foi tão fácil correr uma meia maratona. Não quer dizer que as pernas não tenham ficado doloridas. Tive dores nas canelas e nas panturrilhas. Tudo dentro do normal. Nada que o descanso não cure. Consegui manter um ritmo constante, inclusive no fim da prova, que foi o que garantiu o recorde pessoal. Completar uma maratona me fez ter outra perspectiva da meia maratona. O próximo objetivo em meias é melhorar ainda mais o tempo. Aos poucos, eu chego lá. Não tenho pressa.
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