quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Podcast #01 - Corridas em Santa Catarina / Loucos por Corridas

Tenho a imensa satisfação de apresentar o novo projeto deste blog e do blog Correr Vicia. Um podcast sobre o mundo das corridas em Santa Catarina. Com a parceria e colaboração do Guilherme Preto (Blog Correr Vicia), o primeiro podcast foi gravado ontem. O podcast tem o objetivo de informar e comentar sobre os eventos de corridas que acontecem ou ainda vão acontecer no nosso estado.

Para quem nunca ouviu falar, podcast é uma espécia de programa de rádio gravado em mo3 que pode ser ouvido direto na internet ou baixar o arquivo para ouvir no seu mp3 player ou computador. Foi uma experiência nova para nós dois, que não tínhamos muita noção de como fazer ou produzir o programa, mas no fim até que ficou razoável.

Novas edições ainda dependem da aceitação da nossa primeira tentativa. Comentários, sugestões e críticas são muito importantes para que tenhamos "cara-de-pau" para levar o projeto adiante. Ouve aí.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Corrida Rústica Duque de Caxias

Há corridas que você corre para valer, buscando tempo, e há corrida que você vai para se divertir, talvez treinar. A corrida que participei no último domingo se encaixa na parte de treinar e, também, se divertir. Era uma semana só após a maratona e fui com o intuito de tentar manter um ritmo leve no começo, constante. Ritmo de maratona, entre 5:30 e 5:40. Como seriam 8 km, pretendia correr a primeira metade bem tranquilo e aumentar aos poucos na metade final, dando um sprint no último km para este ser o mais rápido da corrida.

Corri um pouco na quinta-feira. Pode se dizer que só no domingo voltei de fato aos treinos e ritmos normais. Antes da largada, fui supreendido pelo Valmir Carvalho, presidente da ACORSJ, solicitando minha ajuda para marcar o percurso porque eu estava usando o Garmin. Medir distância de percurso pelo GPS não é o ideal, mas funcionou bem. Já que quase todo mundo tem GPS, não teve muita variação na distância. Diria até que foi a distância mais perfeita já aferida pela ACORSJ, modéstia à parte, e não aceito reclamações.

A tal da largada foi dada às 9:02. Seria às 9 horas. Ou seja, atraso de 2 minutos. Nunca atrasou tão pouco. Foi uma corrida diferente de todas as outras. Distância exata, largada no horário e, acreditem!, Beira Mar de Floripa com pistas fechada para os corredores. A parte da distância e do horário da largada pode ter sido meio por acaso, mas a Beira Mar fechada teve muito a ver, no meu ponto de vista, com o apoio que o exército deu para a prova. Olhem o nome da prova. Duque de Caxias. Quando tem apoio de outras instituições com mais poderes, as corridas podem fluir.

Essas considerações iniciais precisavam ser feitas. Até porque meu relato da prova em si é muito curto. Vamos aos fatos. Larguei e fiquei no ritmo pretendido. Importante: fui com os alertas do Garmin desligados. Não fazia ideia de que estava tão bem. 5:35, 5:37 e 5:39 foram as parciais dos 3 primeiros km. Constante demais. Milagre, milagre, milagre. E devagar, como eu queria. Chegando perto do retorno, estava me sentindo confortável e, meio sem querer, aumentei o ritmo, fechando o 4º km em 5:22. Já aquecido, não vi problemas em aumentar um pouco.

A volta já foi diferente. Acelerei desde o retorno, pensando em correr abaixo das parciais anteriores e no último km. Coloquei alguns corredores na mira para me motivar e acelerar ainda mais. 5:06, 5:13 e 5:02 foram as parciais do 5º, 6º e 7º km. Foi muito legal passar vários e vários corredores. Estava muito bem, sem dores ou cansaço. Chegando na placa do 7º km, era hora do sprint. E assim foi. Acelerei o que podia. Era um tiro de 1 km, afinal. É sempre mais legal quando o último quilômetro é o mais rápido.

Pensando depois, acho que comecei muito rápido. Lá pelos 500 metros senti que estava diminuindo o ritmo. Não podia. Meu único objetivo era um último km rápido. Fui, acelerei, passei mais vários corredores e avistei o pórtico. Finalmente estava chegando. Não ia aguentar mais muito tempo daquele jeito. Cheguei e parei o relógio. Vi o tempo final, mas não tinha visto a parcial. Estava um tanto ansioso para saber como foi meu tiro de 1 km depois de 7 km de aquecimento. Sabia, pelo menos, que tinha corrido aumentando o ritmo.

Peguei a medalha, umas frutas, água e olhei o Garmin. Último km a 4:24. Muito melhor do que achei que seria. Aí fez sentido aquela parte de não aguentar mais um nesse ritmo. Calculando aqui e acolá, cheguei em tais números: 22:13 (5:33 de média) nos 4 km da ida e 19:45 (4:56 de média) nos 4 km da volta. Ou seja, o split mais negativo de todos os tempos. Tudo bem que fui muito lento no começo, mas o final saiu mais rápido do que o esperado. Deu tudo certo nessa prova. Não me afobei, corri dentro do planejado e terminei muito bem.

Por ter o apoio do exército, a inscrição para os soldados (?) era mais barata e tivemos 409 concluintes. Número muito elevado para as provas de rua aqui em Floripa. Beira Mar estava lotada de corredores, grande parte do exército. Para mim, foi um treino bem sucedido. Agora tenho 95 corridas e farei o possível (leia-se: participar de todas as provas) para que a Maratona de SC seja minha 100ª corrida. Já está tudo programado. Essas provas até a maratona terão cara de treino. Recordes pessoais são bem-vindos, mas não esperados.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

24ª Maratona de Blumenau

Mais uma maratona no caminho. Destino: Blumenau. Fui. Fomos, na verdade. Eu, Renato, Eduardo e Leila para correr e Marta e Egomar, que pegou os kits e nos ajudou durante a corrida, na equipe de apoio. Novamente, acordei cedo, às 3:30 da manhã. Toda a rotina pré-prova feita, saímos de madrugada rumo a Itajaí. Fomos os primeiros a chegar, tanto é que pensamos que estávamos no lugar errado. Com o tempo, todos os corredores foram chegando nos ônibus. Ainda antes das 7 horas largamos para a longa jornada.

Decidi tentar correr junto com o Eduardo e o Renato. Não sou tão rápido quanto eles, mas na maratona, logo no início, talvez o ritmo fosse razoável para seguir. Consegui acompanhá-los até o km 7. Depois, percebi que cometi um erro. Esses 7 km em 37:47 foram muito abaixo do que eu pretendia. Como era início de corrida, não senti nada, estava até bem. Só que, a partir do 8º km, não consegui manter o ritmo e voltei ao que eu pretendia originalmente.

No meu ritmo, corri do km 8 ao 25, com paces variando entre 5:30 e 5:40. Por volta do km 18, acompanhei um corredor e mantive o ritmo que estava começando a cair. Na chegada do km 21, um outro corredor veio mais rápido e fui junto com ele. O ritmo voltou a ficar estável. O problema é que ali no 24º já senti umas dores indesejáveis na perna. Tive certeza que o começo forte estava cobrando o preço. Quando cheguei na placa de 25 km, caminhei para tomar água e gel. Foi bom para descansar um pouco.

Talvez não tivesse alternativa, mas depois dessa parada não consegui mais correr em um ritmo bom. Ainda tentei correr como antes, mas não teve jeito. O pace caiu e ficou rondando os 6 min/km. Até o km 28, mantive uma certa constância, ainda que lenta. Mais à frente surgiu uma pequena subida. Não haveria de ser nada, se já não fosse o 29º km. Ali, com as dores e impossibilidade de manter um ritmo de corrida, decidi fazer um fartlek na maratona.

O percurso teve mudanças de última hora e algumas subidas foram adicionadas. Subidas indesejadas, ainda mais depois dos 30 km. No meu fartlek maratonístico, corria 1'30'' e andava 30''. Tentei manter assim até onde fosse possível, acelerando um pouco mais na parte de corrida. Até o km 35, o ritmo caiu, ficou ruim, mas ainda estava abaixo dos 7 min/km. Nessas subidas e descidas e corridas e caminhadas, passei por um bar e me ofereceram um Coca-Cola. Recusei, obviamente. Se fosse água, talvez aceitasse.

Nessa parte nova do percurso, precisávamos fazer um retorno. Ou seja, eu podia ver em que ponto e como estavam meus amigos maratonistas. Ninguém parecia muito bem. Eu também não estava. Compreensível. A partir do km 36, enfrentei a pior subida, do viaduto, que era em curva. Ali, caminhei demais. Não tinha mais muitas forças. Correr por mais de 2 minutos seguidos era impossível. Quebrei. Mais ainda: morri. A cada vez que olhava para o relógio via meus objetivos se despedindo. Primeiro o sub 4 horas. Depois o sub 4h12'.

Felizmente, cada passo a mais era um pouco menos de distância a percorrer. Foi sofrido. Aquele começo me prejudicou. Lição aprendida para a próxima maratona. Faltou perna, só não faltou vontade de terminar. Como todos os meus objetivos ficaram pelas ruas, só tentava correr mais do que caminhar, ainda que intercalando sempre. A placa de 40 km foi uma das melhores visões que eu tive. Até tentei me animar e correr os últimos 2 km sem parar, mas não dava mais.

Entre corridas e caminhadas, quebradas e morridas, cheguei com 4:16:47, 34 segundos a mais do que no Rio de Janeiro. Não foi a maratona dos meus sonhos, nem o resultado e o desempenho que eu queria, passou longe disso, mas foi o que deu para fazer. Das maratonas que eu fiz, foi a que cheguei mais destruído. No fim de tudo, o importante é que terminei. Erros e acertos serão analisados para que a Maratona de Santa Catarina, em 30/09, seja a melhor das maratonas.

Meus amigos maratonistas concluíram a prova com sucesso. Cansados, como sempre há de acontecer em uma maratona, mas felizes. Passando a linha de chegada, recebemos essa medalha aí de cima. Vou dizer que deu até um desânimo saber que corri 42 km para receber uma medalhinha desse. Não condiz com uma maratona. Por outro lado, a hidratação estava perfeita. Se não houvesse a mudança de última hora, o percuso seria realmente plano e perfeito para recordes. Vamos ver se na Maratona de Santa Catarina sai coisa melhor.

Curiosidades curiosas. Dividi a prova em 6 partes de 7 km, pretendendo correr cada parte em até 40 minutos. Assim, podia imaginar o sub 4 horas. Fui bem até a 4ª parte, ou 28º km. Depois, os piores 14 km da minha vida. Outra: corri toda a maratona e pela primeira vez não fui ao banheiro. Quase 5 horas praticamente. Agora eu sei que aguento. Mais uma, e a última: corri os 30 km da maratona em 2:50:01. Ritmo bom, de sub 4 horas. Para ter ideia de como foi ruim o final, fiz 12 km em 1:26:46 (vergonhosos 7:14 min/km).
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