sexta-feira, 25 de novembro de 2011

5ª Corrida Pela Vida

Seguindo a sequência interminável de corridas todo fim de semana, fui pra mais uma. A 5ª Corrida Pela Vida. Não sei em qual momento começaram essas Corridas Pela Vida, mas devo ter corrida todas as quatro anteriores, ou a maioria delas. Provas de 5 e 10 km, lá na Beira Mar do Estreito, o lugar da moda das corridas atualmente. Tem corrida? É no Estreito. Já conheço trajeto de tanto correr lá. Obviamente, me inscrevi na prova de 10 km. O objetivo era fazer um tempo bom, se possível com recorde pessoal. Meus últimos treinos me davam suporte para pensar mais alto.

O dia amanheceu nublado e até choveu pouco antes da largada. Clima perfeito pra correr. A largada atrasou e foi pouco depois das 8:30. O trajeto era conhecido. Larga no começo da Beira Mar e vai até a entrada da ponte Pedro Ivo. 10 km representava 2 voltas no circuito. Largamos e tentei começar mais contido. Muitos corredores me passavam e eu senti que meu ritmo estava bom, mas parecia devagar. Passei o 1º km a 4:53 e, de fato, eu estava em um ritmo adequado. Os outros é que estavam rápidos demais. Alguns eu passaria mais tarde.

Pra não me alongar demais, vou resumir da seguinte forma: fiz os 2 km em 9:53. Tava bom. A partir daí, nos km's ímpares (3, 5, 7 e 9) fiz pace entre 5:21 e 5:29. Nos km's pares (4, 6, 8 e 10) o pace foi entre 5:01 e 5:13. Digamos que eu recuperava no quilômetro par a lentidão do quilômetro ímpar. Do 4º km em diante, consegui manter uma posição constante na corrida. Dos corredores rápidos lá do começo da prova, passei os que exageraram no ritmo e me mantive sem ser ultrapassado por eles. Alguns outros me passaram, mas compensava com outras ultrapassagens.

Não sei se tinha vento na primeira volta ou não. Só sei que senti muito mais o vento contra na segunda. Ele me segurava e eu queria ir mais rápido. Meu GPS avisou que fiz os 9 km em 46:54. Era praticamente impossível não bater meu recorde de 52:18. Tinha 5:23 pra fazer o último e derradeiro quilômetro. Comecei a aumentar o ritmo, porque, além do recorde, queria fazer o 10º km abaixo de 5:00. Fiz o que pude, enfrentei o vento, passei mais alguns corredores e fechei com 5:02. Aquele esforço final que não fiz tão forte foi determinante pro pace não ficar abaixo de 5:00. Tempo total: 51:54, novo recorde mundial.

Perco a concentração fácil durante a corrida. Dessa vez, tentei ao máximo não me distrar olhando a ponte Hercílio Luz ou como os outros corredores estavam correndo. Nem água eu peguei, em nenhum instante. Não senti vontade, mas acho que da próxima vez vou pegar, nem que seja pra jogar no corpo. Se bem que nessa corrida de domingo, não haveria água na segunda volta. Faltar água é quase como dar um tiro na pessoa. Os que estavam mais atrás não encontraram água. E geralmente são os que mais precisam. A corrida teve chip (só faltou o tapete na largada), marcou o tempo certo, mas deixou faltar o mais fundamental.

Acabou a corrida, fiquei feliz com o tempo e esperei pela premiação. Não que eu achasse que teria alguma chance de ganhar qualquer coisa. Estava de carona e todo mundo ficou pra ver a premiação. Fiquei também. A premiação demorou MUITO tempo pra começar. Foi meio enrolado. Premiaram as categorias dos 5 km e começaram as do 10 km. Como sempre, anunciam de cima pra baixo. Minha categoria atual, 20-24 anos, é a última ou penúltima a ser chamada.

Demora, mas sempre chega. O cara do microfone começou anunciando os 5 primeiros. Falou o quinto colocado e nada do meu nome. Falou o quarto e não me chamou de novo. Nessa hora, já tinha perdido as esperanças. Exceto por uma vez, todas as outras só ganhei troféus porque não tinha mais ninguém na categoria e eu era o último. Então, chamaram o terceiro colocado: "Enio Augusto". Foi muito inacreditável. Eu, em uma corrida de 10 km, ganhei de 2 corredores da categoria. Era algo inédito. Meio surpreso, meio feliz, subi ao pódio para pegar mais um troféu.

Era pra ser só mais um domingo normal de corrida. Correr, encontrar os amigos, se divertir. Acabou que foi o melhor fim de semeana possível. Recorde pessoal e troféu sem ser o último. Minha coleção de troféus está aumentando. Não cabe mais na prateleira. Nunca pensei que isso fosse acontecer. Ou, pelo menos, não esperava que já estivesse lotada em tão pouco tempo correndo. O pace final da prova ficou em 5:12. O objetivo é chegar no pace abaixo de 5:00. Se não for este ano, tenho certeza que não passa de 2012.

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Ler também é um exercício. Exercício lembra corrida e já escrevi demais aqui. Fui correr!

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