sábado, 28 de abril de 2012

Mais uma Track & Field

A prova da Track & Field chegou mais cedo em Floripa. Vai acontecer amanhã (29/04/2012). Nos últimos dois anos que participei, a corrida aconteceu nos meses de setembro (12/09/2010 e 11/09/2011). Seria esse um indício de que podemos ter duas Track & Field em Floripa?  Não sei. Tomara. Será minha terceira participação nessa prova, que é muito boa, mas que aumenta a cada ano o preço da inscrição. Espero que pare nos R$ 86,40 deste ano.

Falando da corrida, que é o que interessa no momento. Em 2010, estava começando a correr mais frequentemente. Participei da Track & Field e fiz meu melhor tempo nos 10 km, 54:39. Em 2011,  já tinha um novo recorde nessa distância. Tinha a expectativa de correr perto ou abaixo de 50 minutos, mas ainda não era o momento. Corri os 10 km em 53:04 e fiquei 46 segundos acima do recorde. Entendi que as pernas não conseguiam fazer mais.

Em 2012, mais treinos e mais treinos, correndo cada vez mais e mais rápido, me sentindo muito bem, chegou a vez de, finalmente, correr uma PROVA abaixo de 50 minutos. Além do desafio pessoal, tem o Desafio da Contra-Relógio 10 km Sub 40 e Sub 50. Me inscrevi no desafio que era possível no momento, o sub 50. Talvez seja a única prova em Floripa com todas as especifidades técnicas necessárias para que o tempo seja aceito pela revista.

Esperava a prova para depois do meio do ano. Veio agora. Tudo bem. Estou pronto e preparado. Domingo é o dia. Tem que ser o dia. Não tenho nem a intenção de fazer meu recorde pessoal nos 10 km, que atualmente é de 49:10. O objetivo é só correr abaixo de 50 minutos e vencer esse desafio proposto pela Contra-Relógio. Se fizer um novo recorde, melhor. A largada é às 7:30, horário ideal para correr. Tudo conspira a favor. O sub 50 é logo ali.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Corrida Rústica 118 anos de Palhoça

Corrida em comemoração aos 118 anos da Palhoça. Só 5 km. De grátis. Assim é irrecusável. Fazia tempo que eu não participava de uma prova de 5 km. Aliás, até em treinos está ficando raro correr 5 km. Distância curta, quase um tiro. Fui com a intenção de me testar, ver o que os treinos estão fazendo comigo. Tudo indicava que podia correr bem, sem problemas.

O sábado começou com chuva leve, mas na hora da largada o tempo estava praticamente perfeito. Nunca corri na Palhoça e não sabia do percurso. Pouco antes de largarmos, avisaram que haveria um morrinho. Preparei o psicológico esperando um morro no caminho, talvez mais. O certo é que a corrida não seria totalmente plana e talvez o recorde que eu queria fazer estivesse ameaçado.

Larguei como se não houvesse amanhã, em um ritmo ainda impossível de manter. O 1º km mostrou 4:15. Muito forte. Tentei continuar perto disso, mas tive alguma dificuldade. Fechei o 2º km a 4:30. Até o momento, bem abaixo do pace de 4:48 do recorde. Estava muito bem. O 3º km foi o pior, a 4:54, e ao final dele já se avistava o primeiro morro. Nada assustador, mas subir sempre quebra o ritmo.

Subia um morro, fazia a curva pra direita, se preparava pra descer e já se via o segundo morro. Sem problemas. A pior parte do morro pra mim, atualmente, é descer. Joelhos e pernas sofrem, mas aguentam. Pelo menos por enquanto. Subindo e descendo, consegui correr o 4º km abaixo de 5:00 e sabia que só faltava menos de 1 km para terminar a prova e bater meu recorde.

Depois da metade do 5º e último km, um pequena subidinha, pra sugar mais um pouco das forças. Senti que caiu o ritmo e alguns corredores me passaram. Não queria deixar. Acelerei, fiz a curva pra direita e estava na reta final. Busquei aquela energia de sempre pro sprint final de sempre. Pace de 3:45 nos últimos metros, mais algumas ultrapassagens e o novo recorde.

Parei o cronômetro e lá estava o novo recorde mundial pessoal. 5 km em 23:09. A evolução continua. É sempre bom fazer um recorde em uma corrida. Parece que tem importância maior. Nos treinos já havia feito 24:00. A vantagem dos treinos é que a distância é sempre 5 km. Nas corridas, às vezes não. Neste dia, tudo deu certo, mesmo com os 3 morrinhos. Acho que posso fazer um tempo melhor. Só não vai ser tão cedo. O foco não é nas corridas de 5 km.

Como curiosidade ou para vocês perceberem como o pessoal corre demais, fiquei em 8º de 9 na minha categoria. Meu melhor tempo, pace de 4:37 min/km, e fiquei lá atrás. Não me importo muito. O que vale é aquela eterna competição entre eu e eu. Os corredores são muito rápidos. Espero um dia chegar perto. Os treinos e os resultados mostram que estou no caminho certo.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

17º Revezamento Volta à Ilha

Sério que vocês acham que eu vou conseguir fazer um texto escrevendo sobre tudo o que aconteceu no Volta à Ilha? Sobre as 20 horas que fiquei acordado e sobre as 15 horas em função da corrida? Acham mesmo? Vai ser difícil. Fosse escrever sobre tudo, o texto entraria, possivelmente, no livro dos recordes como o maior de todos os tempos da história do mundo. Tentarei resumir, ser sucinto. Alguns parágrafos, no máximo.

O começo de tudo. Acordei às 3:45 de sábado pra me preparar e pegar a van. Me atrasei uns 10 minutos. Sempre. Fomos pegando todo mundo no caminho para chegar na Beira Mar antes da nossa largada, que seria às 6:15. Todos lá, tiramos fotos para a posteridade e esperamos a largada. Se eu contar, talvez ninguém acredite, mas a largada foi pontualíssima. Deu 6:15 e começou a nossa aventura circuncando a ilha.

19 trechos, 10 corredores, 1 van, 1 carro de apoio e 1 muito fundamental moto. Assim fomos nós. Vai no posto de troca, espera o atleta, chega o atleta, passa a pulseira, vamos pra van e seguimos até o próximo posto de troca. O dia todo nessa função. Se não fosse a moto, teríamos uns 2 ou 3 ou mais problemas na troca de atletas. Felizmente, tivemos 100% de êxito. Não sabíamos da vantagem de se ter uma moto até precisar fazer uso dela.

Corri os trechos 6 e 14, trechos curtos, pouco mais de 5 km, grande parte pela areia da praia. Comprovei que minhas canelas realmente não se dão bem com areia da praia, especialmente a areia dura. Que sofrimento. Mesmo assim, completei os trechos com paces razoáveis. Ainda corri o trecho 19 acompanhando a Carla, nossa última atleta que fecharia o revezamento. 17 km divididos em 3 partes. Gostei.

Terminamos a prova em 12:52:36. Tínhamos até as 20:15 pra chegar e completamos com mais de uma hora sobrando. Foi muito melhor do que o estimado. Dever cumprido. E comprido. Os corredores Loucos no Volta à Ilha: Juciana, Celina, Jany, Jovani, Eduardo, Eu, Marcelo, Renato, Nilton e Carla. Equipe de apoio: Marta, Laura, Luana, Rafaella, Giovane, Delani, Leonardo, motorista da van (não lembro o nome). Espero não ter esquecido ninguém.

Foram dezenas de horas pensando, respirando, correndo o Volta à Ilha. Posso dizer, sem medo de errar, que foi uma das provas mais legais que já fiz. Correr fazendo a volta na ilha é demais. Depois de todo essa diversão que parecia não ter fim, fomos todos pra pizzaria comemorar o sucesso da nossa aventura. Garanto que o dia da prova e tudo o que a envolveu foi, com toda a certeza, muito melhor do que esse texto, essas letras.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

1ª Corrida da Páscoa dos Perebas

Páscoa, domingo, pessoas normais, digamos assim, tem milhares de coisas pra fazer. Eu também tinha. Uma corrida no Abraão, corrida da (vejam vocês) Páscoa. Fiz um treino longo na sexta-feira e havia planejado que domingo seria uma corrida só pra treinar nos morros que tem pelo caminho. Tentaria correr forte, já que não são nem 6 km, mas ainda em condições de correr na segunda.

Preparei tudo e saí de casa. Com um céu cinza demais, aquela chuva que todo mundo sabe que vai cair. E caiu. Exatamente no momento que estava na rua. Fui correndo até o local da largada (2 km de aquecimento não fariam mal). Muita chuva e muito vento foi o que eu encontrei. Felizmente, era mais uma daquelas chuvas de verão do outono. Logo parou, sem prejudicar a corrida.

Por causa do pequeno temporal, a largada atrasou um pouco. Normal. Aconteceu a corrida das crianças e depois lá fomos nós, os adultos. Tinha conhecimento das diversas subidas do percurso e não tinha plano algum de tempo. Era só correr e ver o que acontecia. Quem já correu as provas do Analto sabe que ali no Abraão tem uns morros que diminuem muito o ritmo.

Surpreendentemente, fiz o primeiro km a 4:37. Esbocei um leve sorriso. Aproveitar as descidas foi uma boa ideia. Passada a euforia inicial, precisava me concentrar pra fazer algo parecido, sabendo que não faria nada mais rápido do que aquele primeiro quilômetro. Subindo, descendo, correndo e o 2º km foi a 4:52. Corre mais um pouco e o 3º km igualmente em 4:52.

O retorno foi feito e cheguei ao 4º km com 4:54. Inacreditável. Percebam o que eu estava fazendo. Toda a prova abaixo de 5:00 min/km. Nunca antes na história desse país eu consegui. Durante o 5º km tem um morro, o pior de todos, e, por causa dele, corri a 5:11. Foi ruim, mas era esperado. Só faltavam 800 metros, com uma descida convidativa pra recuperar o tempo perdido.

Aproveitando que não tinha mais subida alguma, fechei com 4:47 e terminei a prova com pace final de 4:53 min/km. Meu melhor pace em provas. Essa foi a maior surpresa. Um inesperado presente de Páscoa. Completar a prova nas subidas do Abraão com esse pace teve um significado ainda maior. Os treinos, só pode ser culpa deles, estão dando resultados. Nunca corri tanto e tão bem.

Esperei a premiação. Nas corridas do Analto é quase certo ganhar troféu. Completando a surpresa de Páscoa, fui o segundo colocado na minha categoria 25-29 anos, dentre 5 corredores. Foi o meu resultado mais expressivo até o momento. Tempo bom e classificação final satisfatória. Seguem os treinos. Quero que esse pace abaixo de 5 min/km se torne constante.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

8ª Corrida Rústica Cidade de Bombinhas

Antes de tudo, começarei antes do começo. Dia anterior, sábado, decidi tentar fazer um treino longo. Saí cedo de casa e corri. Queria algo perto de duas dezenas de quilômetros. O calor e os quatro dias de treinos seguidos da semana pesaram. Consegui correr 17 km. Não foi ruim, mas não foi bom, entende? Como domingo tinha corrida em Bombinhas nem fiquei achando que poderia ter feito mais. Compensaria nos 11 km na praia das pequenas bombas e somaria 28 km em dois dias.

Desde semanas atrás, quando me inscrevi na corrida, me falaram, alertaram, informaram dos morros do percurso. Acreditei, mas não achei que seriam tantos e que dois deles fossem tão íngremes. O percurso era de ida e volta e, obviamente, aquela descida fácil e aliviadora depois de um morro se tornou a parte mais difícil na volta. Já tinha ido a Bombinhas e não lembrava de morros assim. É uma prova muito boa pra testar a tua resistência, tanto física quanto psicológica (escrevi bonito).

Cabe ressaltar também que fui acometido por uma gripe muito da inconveniente durante a semana, desde terça-feira. Como a gripe não me abandonou totalmente, domingo ainda corri com as consequências que a gripe traz. Nesse caso, a única e pior consequência foi o tal do muco nasal (pra não escrever ranho ou catarro e parecer nojento). Em vários momentos da corrida, lá estava eu assoando o nariz enquanto tentava correr no ritmo pretendido.

Toda introdução feita, vamos ao fato, à prova em si. A largada se deu às 9 horas, nas areias de Bombinhas. Eram uns 300 metros de areia, tanto na largada quanto na chegada. Só pra não dizer que foi fácil. E não pense que, por ser abril e já ser outono, a temperatura estava mais amena. Longe, mas muito, muito longe disso. Calor de nem pensar em correr. Lógico que nem passa pela minha cabeça. Somos loucos e vamos mesmo assim.

Apesar de estar sem dores depois dos 17 km do dia anterior, fui com o objetivo de me poupar, correr tranquilo. Se fosse possível, fechar os 11 km da prova em 1 hora. Se não fosse, azar. Só não queria terminar com pace de 6:00 min/km. Largamos. Apesar da empolgação de toda largada, me controlei. Sair muito forte na areia fofa não seria boa ideia. Saindo da praia, já se avistava o primeiro grande morro. Já que não ia correr pra fazer tempo, decidi usar todas as subidas como exercício para as pernas, forçando um pouco mais, jamais caminhando.

Tudo que sobe tem que descer, ainda mais em uma corrida que vai e volta pelo mesmo percurso. Na descida, fui mais calmo e vários corredores me passaram. Segui no meu objetivo. O percurso irregular, com várias subidas, mesmo que pequenas, não era dos mais fáceis. Chegando perto do 4º km, o segundo grande morro. Foi desânimo à primeira vista. Adquiri vontade e acelerei. Nesse momento, passei mais de 10 corredores (talvez). E depois desse morro, não fui mais ultrapassado por ninguém. No restante da corrida, só fiz ultrapassagens. Ponto positivo dessa prova.

O 5º, 6º e 7º km foram na planitude, um sonho de percurso, consegui desenvolver um ritmo mais adequado e mais rápido. O 8º km chegou e com ele veio a volta do morro. Acelerei e subi. Passei mais alguns corredores caminhantes e fui em frente. No 9º km, plano, não tive dificuldades. O 10º foi tranquilo, mas sei lá por qual motivo, o ritmo caiu. Não gostei e no último e 11º km resolvi acelerar as coisas. Mesmo tendo que subir o primeiro morro, BEM INCLINADO, corri bem. Depois de quase morrer no morro, era só descer pelos paralelepípedos e correr pela areia da praia até a chegada.

Meu GPS marcou 11,39 km. Um pouquinho a mais. Corri os 11 km em 1:00:40, quase dentro do que tinha planejado. Eram tantas subidas e morros aterrorizantes que fiquei satisfeito com o tempo. O pace da prova foi de 5:31 min/km. Na meia maratona, corrida anterior, fiz um pace de 5:22 min/km. Os morros justificam ser mais lento em 11 km do que em 21 km. No final da corrida, água, isotônico, melancia, banana, bem diferente da Meia Maratona de Florianópolis, cobrando menos e com uma estrutura menor.

Pela minha memória seletiva, lembro que já fui em Bombinhas há anos, mas tenho certeza absoluta que nunca tinha corrido lá. Corri e gostei. Pretendo voltar nos próximos anos e brincar nesses morros novamente. Foi uma das minhas melhores corridas em termos de não me sentir cansado no final. Talvez por ter mantido um ritmo razoável desde o começo, não tive oportunidade de sentir qualquer dor ou desconforto. Melhor: foi um ritmo progressivo, em que pesem os morros diminuidores de velocidade. Com 17 km no dia anterior. Sobrevivi. Tá bom demais.
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