domingo, 22 de maio de 2011

Corrida Pedra Branca

Mais uma corrida na vida deste que escreve estas linhas, a 46ª pra ser mais exato. Cada vez eu quero mais e mais. Não vou parar, posso garantir. A última, neste domingo, foi a Corrida Pedra Branca, na Cidade Universitária Pedra Branca, na Palhoça, pertinho de Floripa. O desafio era um pouco maior dessa vez. O percurso era de 12 km. Havia prova individual e revezamento de dupla e quarteto. Nem pensei em fazer revezamento. Nos meus planos surreais de correr uma meia maratona, correr distâncias maiores vai me ajudar na preparação pra corrida.

Dia dos mais aprazíveis para correr, largada às 9 horas. Tudo certo, tudo tranquilo. O percurso tinha 3 km e, dependendo da prova, você corria ele 1, 2 ou 4 vezes. Na minha cabeça já tinha em mente que o objetivo era completar a prova, a despeito das minhas panturrilhas manifestarem-se contrárias a isso. Mas eu não aprendo e sempre começo a prova forçando demais. Os primeiros 3 km fiz em 16 minutos. Foi bom, mas era mais certo do que cagar com diarreia que meu ritmo ia cair. Dito e feito. As três voltas seguintes foram mais demoradas.

Ainda que consegui fazer a última volta segundos mais rápida do que a terceira. Isso que andei no morro na última volta. Sim, confesso, eu ANDEI. Foi mais forte do que eu. Antes andar do que ficar na mão, sem pernas. Já que falei em morro e andar, é preciso relatar a existência de um morro. Um morro levemente inclinado e outros dois morrinhos, por assim dizer. Subia, subia e subia. A única parte boa de subir é descer. Nas descidas de hoje, foram quatro, não me importei com nada. Não que signifique uma velocidade assustadora, mas era um ritmo mais forte.

O evento foi muito bom, bem organizado. Pena que não vi que na hora da entrega das medalhas estavam tirando uma foto grátis do corredor com a medalha. Não faz mal. O resultado final me agradou. Fiquei em 130 de 144 no masculino, do pessoal que correu os 12 km. Na última volta percebi que podia correr mais rápido. O resultado podia ser melhor. O mais importante, no entanto, foi aguentar os 12 km (11,47 km na verdade, de acordo com meu GPS). Já é mais da metade de uma meia maratona. Faltam 4 semanas para os 21 km. Tempo pra treinar e me acostumar com grandes distâncias.

Por último, um comentário. Talvez dois. Correr e não sentir nenhuma dor, nenhuma mesmo, é a coisa mais fantástica que existe. A panturrilha dói um pouco, mas não é aquela dor que te proíbe de correr, é a dor da corrida, que passa logo em seguida, no mais tardar no dia seguinte. O que mais senti foi cansaço, pura e simplesmente cansaço, de quem tá treinando menos do que deveria e está um pouco pesado. Joelho nem se manifestou. E aí chego no ponto do segundo comentário. Um tênis bom, com o tipo de pisada adequado, faz a diferença. Invista no tênis e poupe o joelho.

sábado, 21 de maio de 2011

Meia Maratona de Balneário Camboriú

Domingo passado foi o dia da Meia Maratona de Balneário Camboriú. Provas de 21 km, revezamento de 10,5 km e prova de 5 km, além da marcha atlética e corrida para cadeirantes e deficientes. Enfim, tinha distâncias para todos os gostos. Só não foi correr quem não quis viajar até Balneário Camboriú ou pagar pelo menos 35 reais, sendo que o valor da inscrição da meia maratona era de 60 reais. É caro, mas tinha chip, camisa e muita comida, energérico e água.

Logicamente, eu fui. Meia maratona ainda tá complicado. Vou deixar pro dia 21/06, na meia de Floripa. Não encontrei ninguém pro revezamento de 10,5. Me sobrou a prova de 5 km. Tava de bom tamanho. Percurso plano. Prova sem dificuldades. O maior problema mesmo foi acordar às 4:30 da manhã de domingo pra até Balneário. Isso não seria tão ruim se não estitvesse frio e chovendo torrencialmente. Se eu não gostasse tanto de correr, desistiria. Ter pago a inscrição foi um estímulo também.

Na tv, de madrugada, tava passando um filme com o MICK JAGGER. Descobri depois o nome do filme: Performance, de 1970. Voltando à corrida. Apesar do tempo intimadador, o carro partiu para Balneário. Chegando lá, chuva e frio, com o adicional do vento. Pensa, mas pensa, num dia com chuva, frio e vento. Era Balneário Camboriú no domingo de manhã. A largada se daria às 8 da manhã, mas foi adiada devido ao grande número de corredores de fora que vieram pegar o kit no dia da corrida. A meia maratona largou às 8:30 e o pessoal dos 5 km largou 15 minutos depois.

Nessa corrida, adotei um novo visual. Óculo, boné e sacola na mão direita. Vamos às justificativas. Usei boné, eu acho, por causa da chuva. O óculos se fez necessário, já que minhas lentes de contato estão prejudicadas. E a sacola, por mais ridículo que possa ser, foi fundamental pra proteger o telefone e o GPS dele, que marcam a distância que corri. Correr com uma sacola na mão é bem estranho, mas foi muito útil no objetivo principal, que era não molhar o telefone.

Preciso falar da corrida? Vamos lá. 5 km, em trecho plano, é bem tranquilo. Vai 2,5 km e volta. Nada de especial. Fiz o meu tempo normal de 26:10. Posso melhorar. Manter essa média nos 5 km já é alguma coisa. Até o fim do ano quero chegar aos 25 minutos e baixar pra 24. Não senti dor, somente a canela direita em poucos momentos. O pessoal da marcha atlética largou junto. Depois de alguns minutos do início da prova, percebi que estava atrás de alguns deles, que, querendo ou não, ESTAVAM ANDANDO.

Me senti muito mal por causa disso. Tanto que dei um jeito de passar alguns atletas da marcha. No final da prova, não fazia ideia do que tinha acontecido. Mais tarde, vi o resultado e melhorei um pouco: dos 14 participantes da marcha, cheguei na frente de 9, sendo que ganhei de todas as mulheres da marcha. Perdi pra 5 homens. Correr, ou ANDAR, 5 km em 20 ou 21 minutos é incrível. Um dia pretendo correr nessa velocidade. Findada a corrida, peguei a medalha e me dirigi às frutas, água e energérticos.

Durante a corrida antes e depois, a chuva apareceu. Não foi tão intensa quanto na hora que acordei. Foi, digamos, só pra marcar presença. O ruim mesmo, que me atrapalhou, foi o vento. Nada que um moletom guardado no carro ali perto não resolvesse. Ainda esperei meu primo completar a meia maratona e fomos embora. Depois dessa meia maratona, decidi fazer a minha primeira meia em junho. Antes, ainda tem outras corridas pra eu me preparar. A próxima é a Corrida Pedra Branca. Vou correr 12 km. Nunca corri mais de 11 km. Será a primeira vez e um teste inicial pra meia maratona. Panturrilhas, não me abandonem. Somos apenas eu e vocês, em busca de novos desafios.
De boné, óculos e sacola na mão

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Um dia a gente chega lá

Em Florianópolis, na Grande Floripa, ainda não se pode dizer que tem uma corrida a cada fim de semana. Os últimos anos tem cada vez mais corridas. Mesmo assim, alguns fins de semanas ficam livres. Penso que estamos no caminho certo. Falta, talvez, um pouco de comunicação e organização. Há tempos está marcada para o dia 22 a Corrida Pedra Branca. Aí, do nada, aparece uma do batalhão do exército de Floripa, além de uma corrida dos funcionários da Caixa Econômico.

Aí que está o problema. Três corridas no mesmo dia, quando podia muito bem espalhar elas em 3 fins de semanas diferentes. Ou até sábado e domingo. Mas não 3 no mesmo dia. Ainda falta o pessoal sincronizar os eventos. Ainda espero pelo dia em que em todo domingo haverá uma corrida em Florianópolis ou São José. Cidades por perto também servem. O caminho a ser seguido é esse. Está meio sinuoso, mas na direção certa.

O que me resta é ficar de olho no site e no Facebook e selecionar as melhores corridas, caso ocorram no mesmo dia. Como aqui em Santa Catarina as coisas ainda são um pouco amadoras, tem corrida que vai acontecer no domingo e é anunciada na segunda ou terça anterior. Até tenho um certo planejamento pras corridas, mas, de vez em quando, ele é afetado pelas decisões repentinas dos organizadores. A saída é treinar e estar preparado pra quando aparecer uma corrida.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Treino não é jogo

O tempo não tem ajudado muito para quem gosta de praticar esportes. A corrida, mais especificamente falando. O frio inibe, ninguém quer sair de casa. É ruim, mas é possível correr, se bem preparado. O que complicou mesmo foi a chuva. Correr uma corrida com chuva é uma coisa. Treinar com chuva é outra coisa, completamente diferente. Já ouviu falar em treino é treino e jogo é jogo? Então, é por aí.

Se tem uma corrida e tá caindo o mundo, eu corro, como já fiz em algumas provas. Correr na chuva é uma das melhores coisas do mundo, mas só o durante é bom. O antes e o depois são muito molhados e frios (no inverno). Treinar, por livre e espontânea vontade, na chuva? Não mesmo. Sair pra correr e voltar pra casa apenas cansado não me serve. Um dia talvez mude de opinião. Por enquanto, prefiro treinar sem chuva.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Pelo sofrimento e beleza

Cometi uma insanidade, por assim dizer. Me inscrevi na Meia Maratona de Florianópolis. Haverá a prova de 21 km, de 10 km e 5 km. O normal seria eu optar pela de 10 km. Seria. Dessa vez, fiz diferente. Marquei a opção 21 km. Só falta pagar o boleto. Amanhã já pago pra não ter tempo pra me arrepender. Primeira prova de 21 km que vou fazer em toda a minha vida.

Não sei em que condições vou terminar a corrida. O certo é que, em algum momento, logo depois do 10º km estarei me perguntando porque escolhi a opção da meia maratona. O cansaço deve aparecer e eu ainda tenho mais metade do percurso. Vou correr pelo sofrimento dos 21 km e pela beleza de Floripa. Pelo que eu vi no site, a prova vai passar por lugares muito interessantes.

Tomei essa decisão dos 21 km depois que vi um cara bem acima do peso participando da Meia Maratona de Balneário Camboriú. Pelas minhas contas, ele demorou mais ou menos o tempo que pretendo demorar. Então, se ele pode, eu também posso. Fora que não tenho como fugir da corrida. Ou treino mais, ou os 21 km serão bem cansativos. Deve ser divertido também.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Já foi pior. Agora é só ruim

Sobre a corrida em si, a Meia Maratona de Balneário Camboriú, escrevo outro dia, sem a pressão de ter que terminar um TCC que já deveria ter bastante coisa pronta. Enfim, o resultado da prova de 5 km foi aquela coisa de sempre. Tempo bom, se considerar meu histórico, mas dá pra fazer bem melhor. Na classificação geral, fiquei 55 de 114 e na classificação masculina fiquei em 46 de 70. Não é um péssimo resultado. Já foi pior, agora é só ruim. Antes ficava bem lá atrás.

Agora estou na parte intermediária do grupo de trás, melhorando aos poucos. Muito pouco, aliás. Treino menos do que deveria. Espero que depois do TCC sobre tempo. Sem tempo e, às vezes, sem vontade, com condições climáticas adversas, fica bem mais compllicado pra sair de casa. Pra piorar mais um pouco a situação, minha alimentação é totalmente desapropriada pra quem quer correr mais rápido. Como demais e treino de menos. Até nem ganho peso, mas o tempo diminui em ritmo de lesma. Tenho que correr mais. Corra você também.

sábado, 14 de maio de 2011

Corrida Rústica Polícia Militar 176 anos

Tardo, mas não falho. Às vezes até falho. O fato, não falho, é que estou aqui, com atraso, tardando, pra falar da Corrida Rústica Polícia Militar 176 anos, que aconteceu no último sábado, há uma semana atrás. Essa corrida não estava previamente agendada no calendário. De repente, na segunda-feira, apareceu a notícia de que ela seria realizada. Gostei da notícia, mas logo pensei que algo feito em tão pouco tempo (menos de uma semana) não teria grande presença de corredores e seria mal organizado. A perspectiva não era das melhores, mas a gente corre porque gosta. Se tem corrida, estamos lá quando possível.

O sábado chegou e, pra minha surpresa, tinha muita gente na Praça dos Bombeiros. Gente demais, eu diria. Não imaginava tantos corredores. Foi surpreendentemene bom. Logicamente, a fila da inscrição estava enorme. A largada atrasou, de 16:00 pra 16:30. Tudo bem. Se a largada atrasa porque tem bastante gente, é um bom motivo. Na hora de pagar, a moça achou que eu era militar. Explicando: militar tinha isenção da inscrição. Falei pra ela que eu não era e paguei. Não ia me sentir bem em não pagar algo que sabia que tinha que pagar.

Vamos à corrida, de fato. Breve resumo. Corrida no Centro de Floripa é muito legal. Você passa por diversos pontos históricos, alguns bonitos, outros nem tantos, mas vale a pena demais. O problema maior são os morros. Começou a corrida e em seguida já havia um morro pra descer. Pra baixo vai tranquilo. Até acho que eu me contenho demais. Devia me largar sem preocupação, ladeira abaixo. Descer é bom, mas, nessa corrida, o que desce teria que subir. O Centro de Floripa é cheio de pequenas e grandes subidas. Meu sofrimento não acabou na largada.

Depois, mais na frente, teve outra pequena subida. Até ali foi tranquilo. Logo depois veio a descida do Floripa Music Hall. Quem conhece, sabe o quanto ela é A descida. De acordo com meu GPS, foram aproximadamente 20 metros de descida, com muito medo de tropeçar e sair rolando. Sério, essa descida é meio assustadora. É um baita convite pra descer sem pensar. Fui cauteloso, como sempre. E sobrevivi. É o que importa. Correr na Beira Mar, depois de subidas e descidas, foi a parte mais tranquila do trajeto. Inclusive foi quando mais corredores me ultrapassaram. Na descida passei vários. Subidas e trecho plano foram meus pontos fracos. Ou seja, praticamente toda a corrida.

Um detalhe: era véspera do dia das mães. O trânsito estava pesado. E passamos por ruas importantes, movimentadas. Rio Branco, Beira Mar, Mauro Ramos e Hercílio Luz foram as principais. Pra minha surpresa, a parte da organização também surpreendeu positivamente. Em todo lugar tinha um ou dois policiais segurando os carros e para os corredores passarem. Dessa vez não dá pra reclamar. Achei que ia disputar espaço com os carros e me enganei. Só elogios à organização. Que continue assim nas próximas corridas. Alguns motoristas irritados buzinaram, reclamaram, mas azar o deles. Vão correr, banco de chatos!

A corrida ainda passou pela Praça XV. No final, pra finalizar da pior forma possível, havia uma subida final. Logo depois dessa subida era a chegada. Subi, quase morrendo, e desisti de qualquer possibilidade de dar um sprint final. Aumentei a velocidade porque era um trecho plano, mas todo o resto de fôlego e energia que eu tinha ficaram na maldita última subida. O resultado foi o mais ou menos de sempre. A medalha foi genérica. Acontece de vez em quando. O que mais vale é correr e se divertir. Demorei tanto pra escrever que amanhã já tem outra corrida: a Meia Maratona de Balneário Camboriú. Vou na prova de 5 km, ainda não aguento 21 km. Domingo, Balneário Camboriú é o único destino possível.
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