segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Subindo os degraus

A primeira etapa da Corrida Vertical vai ser realizada em Florianópolis. Uma corrida diferente no calendário. Só subir degraus, no melhor tempo possível. Como quase não gosto de participar de corridas e nunca fiz uma dessas, me inscrevi sem pensar muito. Feita a inscrição, subi os degraus do meu prédio, três vezes, pra ver o que me esperava, e o resultado não foi muito animador. Na última semana, fiz treinamentos mais específicos para essa prova.

Com os treinamentos, sinto que o próximo teste no prédio pode ser melhor. Farei mais três subidas pra ver o que acontece. Imagino que seja uma prova que vai me cansar bastante, mas que vai demorar cinco minutos ou menos. Se correr (caminhar também vale) tudo bem na prova, a recuperação não deve ser demorada. Por ser diferente, vou participar. Aquela brincadeira de criança de subir degraus correndo virou esporte. Depois eu conto como foi.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Night Run Costão do Santinho

Primeira corrida do ano. Parecia que fazia muito tempo que não tinha uma corrida. Na verdade, foram só 3 semanas sem provas. Desde a São Silvestre, só treinos e mais treinos. E melhorando os tempos. E sentindo de novo a dor na fíbula ou ali por perto. Chegou o dia (noite) da Night Run Costão do Santinho. A corrida aconteceu no Costão do Santinho, como fica meio explícito. Provas de 5 e 10 km, trajeto todo na areia, à noite. Fatores que fizeram essa prova ser um pouco diferente das outras, mas muito agradável.
 
Sábado foi um dia quente, eu estava sem vontade nenhuma de sair de casa pra correr. A maior preguiça do mundo. Ainda comi sorvete antes da corrida. Pra completar, a dor na perna só tinha piorado desde quinta-feira. Achei que ia correr com muitas dores. Alonguei até mais do que faço normalmente, pra tentar diminuir. Não adiantou muito. Mesmo assim, decidi que não ia me importar com as dores durante a corrida. Azar da perna, meu também, se começasse a doer. Eu ia correr pra tentar fazer algo perto do meu recorde.

A largada foi dada e ainda havia um pouco de luz natural. Depois de alguns minutos, já era noite e ficou bem complicado de ver onde se pisava. Pelo menos eu sabia que era areia. Menos mal que não encontrei nenhum buraco. As tochas que estavam pelo percurso deixaram o trajeto bonito e tal, mas iluminação mesmo não existia. Era, de fato, uma corrida noturna. E foi muito legal. As condições não pareciam as melhores para fazer um bom tempo. Areia fofa em alguns lugares, tudo escuro, tempo abafado. Só parecia.

Sei lá se foram os treinos ou qualquer outra coisa, mas comecei em um ritmo bom, mesmo sendo na areia. Me surpreendi e senti que as dores foram diminuindo no decorrer da corrida. Fiz os 5 km em 25:08, recorde pessoal na distância. Aliás, bati meus recordes nos 5, 6, 7, 9 e 10 km nessa prova. Por enquanto, o melhor desempenho da minha vida nos 10 km. Ainda vai melhorar. Uma pena que o percurso não teve os 10 km anunciado. No entanto, pelo pace, de 5:07 min/km, bati meu recorde pessoal.

Durante toda a corrida, corri junto com o Robson, da TreineBem. Ele me ajudou bastante em manter o ritmo em alguns momentos da prova. A parte física está boa e as dores vem e vão. O maior problema é a parte psicológica. Por alguma razão inexplicável, diminuo o ritmo no meio da prova, sendo que ainda tenho fôlego e pernas pra continuar. No fim, dei um sprint e fiz pace entre 3:40 e 4:00. Nem consegui olhar pro relógio da chegada e quase esqueci de parar o meu GPS, mas mostra que ainda tinha alguma energia sobrando.

As dores praticamente sumiram durante e depois da corrida. Talvez correndo eu sinta menos dor. Talvez. Deve ter alguma explicação, que eu não sei qual é. Se as dores diminuirem, os treinos podem ser mais intensos. Sinto que tá quase na hora de fazer 10 km abaixo de 50 minutos. Quero esse tempo até a prova da Track & Field, dia 29/04. Os treinos seguem, as dores também. Vamos convivendo assim. Por enquanto, me deixem comemorar meu novo recorde pessoal nos 10 km. Na areia, na praia, à noite. Foi bom demais.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

As 32 de 2011

Caso alguém tenha se perguntado, em algum momento (não aconteceu, eu sei), quais foram as 32 provas que participei em 2011, listarei todas. Lembrando que fiquei parado em fevereiro por causa da lesão no joelho e em março foi a volta gradual aos treinos. A partir de junho, a coisa deslanchou.

06/02/2011 - 14ª Corrida dos Carteiros
20/03/2011 - Meia Maratona de Florianópolis (prova de 5 km)
27/03/2011 - Corrida Rústica Cidade de São José
10/04/2011 - 2ª Corrida Unimed 40 anos
23/04/2011 - Mountain Do Costão do Santinho (octeto masculino)
07/05/2011 - Corrida Rústica Polícia Militar 176 anos
15/05/2011 - Meia Maratona de Balneário Camboriú (prova de 5 km)
22/05/2011 - Corrida Pedra Branca
05/06/2011 - Circuito das Praias - Campeche
19/06/2011 - Meia Maratona de Floripa
10/07/2011 - Corrida Pela Paz - NO Drogas
17/07/2011 - 2ª Volta à Lagoa da Conceição Power Fit
24/07/2011 - 10 Milhas Inplac 37 anos
31/07/2011 - 27ª Meia Maratona de Gaspar
20/08/2011 - Mountain Do Praia do Rosa
04/09/2011 - Corrida da Primavera
11/09/2011 - Track & Field Run Series Florianópolis
25/09/2011 - 2ª Corrida Rústica Beira Mar de São José
02/10/2011 - Maratona de Santa Catarina
08/10/2011 - Corrida Coruja Jurerê Internacional
15/10/2011 - Mountain Do Lagoa da Conceição (dupla masculino)
22/10/2011 - 18ª Mini Maratona Santos Dumont
30/10/2011 - 4ª Meia Maratona Cidade de Pomerode
05/11/2011 - 1ª Volta do Balneário
06/11/2011 - Corrida Rústica 50 anos PRF
13/11/2011 - 1ª Corrida Rústica Vento Sul (A.A.E.I.V.S.)
20/11/2011 - 5ª Corrida Pela Vida
27/11/2011 - 5ª Meia Maratona de Blumenau
03/12/2011 - 3ª Corrida Rústica Vale das Graças Angelina
04/12/2011 - Corrida e Caminhada Pela Paz no Trânsito (21 km)
18/12/2011 - 8ª Corrida do Natal Abraão
31/12/2011 - 87ª São Silvestre

Em 2012, menos provas, tempos melhores. Esse é objetivo. Tenho quase certeza que vou melhorar os tempos. A mesma certeza não se aplica às provas. Vou tentar diminuir, mas não garanto. Começou 2012. Só não pode parar de correr. Lá vou eu.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

87ª São Silvestre

Fui. vi e corri. São Silvestre tá na conta. Minha primeira São Silvestre, que sempre tive vontade de correr. Era um dos meus objetivos como corredor amador. Fiz meia maratona e maratona. Faltava a São Silvestre. Menor em distância, mas do mesmo tamanho em significado. A viagem em si e os dias em São Paulo foram bons demais. A São Silvestre foi a cereja do bolo, embora eu não goste de cereja. Fechou o ano da maneira mais perfeita possível. De alma lavada. E que lavada. Nunca corri com tanta chuva. Quem tá na chuva é pra se molhar. Assim fiz. Sem reclamar. Só diversão.

Cheguei na Avenida Paulista às 15:30 e procurei, junto com o Fernando, um lugar pra ficar o mais perto possível da largada. Lá ficamos, um pouco sentados, maior parte do tempo em pé, até ser dada a largada. No momento da largada, começou a chover. Nunca tinha corrido com tanta gente, seja correndo ou do lado de fora, participando, incentivando e gritando coisas que não conseguia entender. A largada é meio tumultuada, mas nada que eu não esperasse. Aliás, achei que ia ser bem pior do que foi. Devido à posição razoável na largada, demorei só 3 minutos pra passar pelo tapete do chip.

Comecei a corrida em um ritmo forte pros meus padrões. Não achei que ia conseguir correr assim logo no começo. Até o 7º km, consegui um ritmo muito bom. No 8º e 9º km, cansei. No 10º km, voltei ao normal, caindo novamente no 11º km. Chegou o km 12 e 13 e aí o pace subiu muito. Era a tal da subida de Brigadeiro. Sempre ouvi falar da dificuldade dela. Só correndo (ou tentando) pra sentir como é difícil. Nunca odiei tanto um Brigadeiro. Aquilo não para de subir. Menos mal que tinha a descida depois que chegava na Avenida Paulista.

Aproveitei a descida da Brigadeiro pra recuperar o tempo perdido. Não me preocupei com a descida ou com a chuva, que voltou a cair forte. Me larguei e fui do jeito que dava, desviando das pessoas, daquelas tartaruas do chão, de tudo. O único objetivo era correr o mais rápido possível. Desculpa, joelho, desculpa, pernas, mas teve que ser assim. Não me preocupei com o futuro. Só quis descer. Dois dias depois, ainda sinto um pouco de dor nas pernas e panturrilhas. Culpa da subida e descida, mas tudo dentro do previsto.

Fechei a prova com 1:24:23. Tempo excelente, levando em conta as subidas e o grande número de participantes. Não corri sozinho em nenhum momento. Foi muito massa. Nunca corri o percurso antigo, mas gostei muito do atual. Não senti dificuldades, além da Brigadeiro, nem corri travado. Foi bem tranquilo. Em cada subida ou descida, via aquele mar de gente na minha frente. Milhares de pessoas. Sensacional. Gostei muita da São Silvestre. Não tenho do que reclamar. Deixo isso pros corredores mais experientes e profissionais. No meu amadorismo, tudo funcionou bem.

A medalha foi uma das mais bonitas que já recebi. A imensa chuva do final atrapalhou um pouco. Não durante, mas depois da corrida. Muita lama, frio, tudo molhado. Se não chovesse, ou chovesse menos, o Ibirapuera seria um lugar ideal para receber os concluintes. Dizem que São Paulo é a terra da garoa. Foi tanta chuva que nem sei se dava pra organização fazer alguma coisa a respeito. Nada que diminua minha satisfação em participar da prova. Só não dou certeza que voltarei em 2012 porque o último dia do ano nem sempre está livre. Se for possível, terminarei o ano correndo de novo.
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