terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

16ª Corrida da Pinheira

Já estava tudo certo e programado. Domingo era dia da Corrida dos Carteiros, à tarde, e só. Aí, a internet, essa invenção que merce todos os elogios, me fez descobrir que tinha uma corrida na Praia da Pinheira no mesmo dia, só que na parte da manhã. De graça. Um convite, uma convocação, praticamente irrecusável. Poderia ser loucura participar de duas corridas no mesmo dia. Era. Então eu precisava ir. Falei com o Eduardo, combinamos e fomos os dois loucos pra Pinheira.

Duas corridas no mesmo dia pode ser exagero e tal, mas não é nada de outro mundo. No meu caso, ficou um pouco pior porque no dia anterior, sábado, teve um treino longo em Jurerê e corri 21 km. Foi uma experiência diferente, um tanto cansativa, com reflexo direto nas minhas coxas e panturrilhas. Acordei domingo com dores, mas nada que me impedisse de correr. Chegamos na Pinheira e havia pouca movimentação.

A corrida não foi tão divulgada e não teve muitos participantes. Foi até fácil de contar. 14 corredores lá estavam. Era minha quarta corrida no ano, a terceira na areia (a outra foi a Corrida Vertical). Meu plano inicial era começar devagar e não forçar, já que tinha corrida à tarde também. Quem disse que eu consigo? Comecei forte, mesmo na areia. 6 km não era uma distância assustadora. Poucos participantes aumentam o nível da prova e praticamente te obrigam a correr mais rápido.

Deu a largada e o pessoal disparou na frente. Tentei acompanhar. Consegui por centenas de metros. Voltei ao meu ritmo forte normal, mas distante dos outros corredores. Até que fui constante. Antes do retorno, o vento contra segurou um pouco. A volta, no entanto, com a ajuda do vento, foi recompensadora. Consegui passar dois corredores, impulsionado pelo vento. Faltavam ainda 2 km, mas essa seria minha posição até o fim.

Correr na Praia da Pinheira tem suas desvantagens. A forma da praia é estranha, em arco, tu corre, corre, corre e parece que não chega a lugar nenhum. Pelo menos não tinha sol. Estava um tempo bem agradável. Fechei a prova com pace de 5:10. Na hora da premiação, descobri que tinha outro corredor na minha categoria. E eu ganhei dele. Ou seja, troféu de primeiro na categoria, vencendo de alguém. Muito massa.

A primeira parte do desafio foi cumprida. Acima das expectativas, aliás. Já sabia que não haveria tantos participantes e estava esperando um troféu, mas não o de primeiro lugar, ainda mais ganhando de outro competidor. Fui surpreendido. O tempo ficou na média do que dava pra fazer. O Eduardo também levou um troféu. A corrida da manhã valeu a pena. De graça e troféu. Era só voltar pra casa e descansar pra corrida da tarde.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

4ª Corrida Rústica Navegantes

A corrida de Navegantes não foi como o esperado. As dificuldades com areia da praia, sol e calor já estavam na minha conta pré-prova. Sonhava com um recorde, mas sabia da improbabilidade de acontecer. O que eu realmente não esperava era uma quase insuportável dor na canela a partir do 2º km. Meu ritmo, por ser na areia, estava totalmente dentro do esperado. Não era tão bom quanto na Night Run, mas o sol das 9 da manhã tem lá seus efeitos colaterais.

Consegui um ritmo bem razoável, mas a dor apareceu e começou a aumentar. Com tantos lugares que venho sentindo dor ultimamente, a canela era um dos que (ainda) estava a salvo. Resolveu doer logo no meio da corrida. Diminui o ritmo e mudei o jeito de correr, pra tentar aliviar a dor. Fui assim até o 5º km, quando teve o retorno. A dor diminuiu bastante e pude fazer os 5 km finais em um ritmo mais apropriado e acelerado.

O problema da parte final foi o que o sol ficou mais forte, estava mais calor e eu já estava cansado de correr 3 km de uma outra forma pra ficar sem dor. A soma dessas coisas todas me fez, eu acho, gastar mais energia, me cansar mais. Na volta, fiquei no mesmo ritmo sempre, era quase impossível aumentar a velocidade, o corpo não respondia. Olhava o Garmin e, por mais esforço que fizesse, o ritmo era praticamente igual.

Tenho minhas dúvidas do que pode ter causado a canelite durante a prova. Talvez possa ter sido só azar mesmo. Tem dias em que uma dor aparece e atrapalha o resto. Pode ter sido também por causa da areia e do ritmo forte logo na largada, sem estar devidamente aquecido. Várias alternativas. Só sei que doeu e não consegui desenvolver um ritmo condizente com o que eu gostaria. Bota mais o calor no meio e tem-se o cenário da tragédia.

Com todos os percalços, areia e sol, fechei a prova em um ritmo de 5:26 min/km. E estou achando ruim. No ano passado, uma corrida nesse ritmo era motivo de festa. Os tempos (em todos os sentidos) são outros. O percurso teve mais de 10 km. Meu GPS marcou 10,46. As provas, em geral, erram muito pra baixo ou muito pra cima. Errar o tolerável, cerca de 100, até 200 metros, não acontece. O que temos são esses quase 500 metros a mais.

Seja 10,46 km ou 10 km, certo é que meu desempenho não foi bom. Todos os aspectos que o verão proporciona estavam presentes pra me incomodar. A dor foi um brinde bem desagradável. No fim de tudo, um tempo não tão bom, mas ainda dentro da meta estabelecida durante a corrida, quando as dores me impediram de correr mais forte. Por outro lado, a medalha é bonita, a viagem valeu a pena e o domingo foi excelente. Saldo zerado. Vamos pra próxima.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O melhor recorde de todos os tempos da última semana

Por esses dias escrevi que tinha, finalmente, feito um tempo bom nos 5 km. O que não escrevi é que, pouco mais de uma semana depois, melhorei meu tempo nos 10 km. Corri 10 km em 49:46, ou seja, sub 50. O tempo que eu queria faz tempo. Aí, mais uns dias se passaram e, nos tiros de 1 km, fiz o último tiro em 4:15. Foram 3 recordes em 10 dias. 2012 parece que vai ser um ano bem promissor, no que diz respeito às corridas.

Desde o ano passado eu tinha vontade de melhorar o tempo, fazer esse pace sub 5:00 min/km, tanto nos 5 quanto nos 10 km. Talvez eu ainda não estivesse preparado. Talvez até tenha me precipitado em querer algo tão imediato. Tem que dar tempo pro tempo melhorar. Os treinos começaram a render mesmo a partir de novembro. Senti isso, queria fechar 2011 com os novos recordes, mas não foi possível.

Entendi depois que pouco importava se fizesse o recorde em 2011 ou 2012. Estava fazendo o que precisava: treinando. E notei que, aos poucos, estava conseguindo manter um ritmo mais forte e constante. A Night Run foi prova disso. De repente, consegui fazer 5 km em 24:00 e 10 km em 49:46. No dia que fiz os 10 km abaixo de 50, fechei os 5 km em 24:37, o que me dá a certeza de que meus futuros tempos nos 5 km serão abaixo de 25 minutos.

Quando do recorde dos 10 km, comecei forte e depois dos 5 km controlei o ritmo pra não diminuir muito. Percebi que correr abaixo de 50 é possível, mas ainda preciso melhorar alguns aspectos. No entanto, posso conseguir um sub 50 se a prova for no asfalto. Sobre o tiro de 1 km, tive a experiência de correr quase o tempo todo respirando de uma maneira diferente. Nem sentia que estava respirando. Foi muito desgastante, mas saiu um tiro a 4:15.

O próximo desafio é uma prova de 10 km, amanhã, chamado de domingo, em Navegantes toda na areia da praia. Fosse no asfalto, seria mais fácil fazer um tempo razoável. Como o percurso será só pela areia, tentarei fazer o melhor tempo possível. Fazer um sub 50 é difícil, mas não vou negar que é um sonho. Se conseguir na areia, consigo no asfalto. Sub 50 ou não, vou poder comparar com a Night Run, que também foi na areia. Corre, corre, corre!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Corrida Vertical - Florianópolis

Nada melhor do que acordar cedo em um sábado de manhã pra subir degraus. E foi exatamente o que fiz. Segui todo o ritual de uma corrida normal, talvez nem precisasse tanto. Chegamos no Hotel Majestic e fomos pra uma sala pegar o kit da corrida. A largada atrasou um pouco, mas nada de muito absurdo. Primeiro, subiram as mulheres. Depois, os homens, de acordo com sua categoria.

A prova teve perto de 50 inscritos e 40 concluintes. Foi até mais rápida do que eu imaginava. E foi também bem mais tranquila, achei que fosse mais difícil. Anunciaram 26 andares e 468 degraus. Nas minhas contas, se chegou a 22 andares foi muito. Me poupei no começo pra melhorar no fim, mas a falta de andares me fez chegar com fôlego e pernas sobrando.

Os treinos foram bem piores do que a prova em si. Na prova, é um tiro só, mais fácil do que fazer 5 tiros com intervalo. Minha tática de começar devagar e acelerar na metade não foi bem sucedida. O certo, percebi depois que subi, seria começar na maior velocidade possível, até onde as pernas aguentassem. Penso que o resultado seria melhor. Fiquei um pouco desapontado com meu tempo, que foi de 3:20.

Para efeito de comparação, o campeão fez em 1:36, menos da metade. Esta corrida diferente serviu pra adicionar a subida de escadas na minha rotina de treinamentos. Mais um exercício para as minhas pernas. E também me fez ter vontade de participar da última edição do Circuito Brasil, em dezembro, em Balneário Camboriú. A prova é rápida e só cansa no momento. Vale a pena participar.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O tempo melhorou

Dor vem, dor vai, gelo aqui, gelo ali e alguns treinos sem tantas dores. Não sei exatamente quando comecei a me dar conta que podia correr mais rápido. Talvez o Garmin tenha ajudado a controlar o ritmo. Não sei. Mesmo. Em janeiro os tempos ficaram melhores. Fiz a Night Run com pace de 5:07 min/km. Ainda não estava acreditando muito no que eu estava fazendo.

Aí vieram os treinos da semana, subi uns degraus, treinei nas dunas, subi, desci e decidi correr 5 km no domingo, pra realmente ver se era de verdade. O objetivo era fazer 5 km em menos de 25 minutos, finalmente. Algo que me incomodava um pouco desde novembro. Comecei correndo forte pra sentir até onde ia e foi... corri os 5 km em 24:00. Era verdade, corri mais rápido.

O treino de terça-feira confirmou. Foram 3 tiros de 4 km (20:58, 20:15 e 21:07). Desde que comecei a seguir uma planilha, consegui fazer apenas uma vez os 3 tiros (ano passado) e os tempos foram altos. Ou fazia dois bons e quebrava no último. Na terça, fiz um tempo bom nos 3, bem próximos. O objetivo é fazer abaixo de 20 minutos, mas chegar perto já me animou.

Estou acreditando mais no próximo passo: correr 10 km abaixo de 50 minutos. As dores estão mais leves, mas ainda estão rondando. A convivência, por enquanto, tem sido pacífica. Corro menos, os treinos são mais específicos. Está funcionando. Acho que elas não vão me abandonar tão cedo. Se não me impedirem de correr e melhorar os tempos, que assim seja. Sigo correndo.
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