terça-feira, 26 de junho de 2012

42 km à vista

Já estou aceitando o resultado da última meia. Não foi o que eu queria, mas foi o que deu para fazer. Buscando na minha tabela de Excel de registro de tempos, encontrei casos de quase recordes em outras distâncias, que foram igualmente decepcionantes tais qual a Meia de Floripa. Uma vez, faltaram 17 segundos para fazer o sub 25 nos 5 km. Em outra, faltaram 55 segundos para o sub 50 nos 10 km. Pouco depois, bati os recordes dessas distâncias bem batidos, com minutos sobrando. Então acho que pode acontecer a mesma coisa com os 21 km. Tomara. Espero que sim. Tem a Meia Maratona de Gaspar e Pomerode ainda este ano para tentar o sub 1h45'.

Participei de 18 provas este ano, mas nada é tão importante quanto a Maratona do Rio de Janeiro, dia 8 de julho. Fiz 3 meias este ano, com o objetivo de me preparar para a maratona. A Meia de Floripa foi a última das meias e era onde eu queria ser sub 1h45'. Não deu, mas serviu como treino longo. Aliás, além das 3 meias, fiz outros 6 treinos longos até agora. Entenda-se como longos treinos acima de 21 km. Dessa vez, estou me preparando para sofrer com mais dignidade em uma maratona. Tem tudo para dar certo. Ainda pretendo fazer um último longão. Aí é só esperar o dia da corrida chegar. Provavelmente, escreverei de novo a respeito da maratona antes de viajar.

O principal objetivo na Maratona do Rio vai ser terminar bem, somente com o desgaste e dores naturais. Correr o tempo todo durante os 42,195 metros é um desejo. Objetivo de tempo até tenho. São três, dependendo do que acontecer. Terminar a maratona abaixo de 4 horas (um sonho); se não der, terminar com um pace abaixo de 6:00 min/km, ou seja, sub 4h12'; se nem isso eu conseguir, só completar e comemorar mais uma maratona. Tenho esses objetivos, mas vou correr sem preocupação com o tempo. Tanto é que vou desligar os alertas do Garmin. Correrei só na sensação de esforço e cansaço, torcendo para que no fim veja um tempo surpreendentemente positivo no relógio da prova.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Meia Maratona de Floripa

É possível fazer seu recorde pessoal e a prova ser um fracasso? Respondo: sim, é possível. Aconteceu comigo na Meia de Floripa. O objetivo era correr abaixo de 1:45:00. Sinceramente, achei que seria mais tranquilo do que se mostrou durante a corrida. O recorde perfeito que eu queria não veio. Fiz 1:46:39, muito insatisfeito. Melhorar o tempo é sempre bom, mas, nesse caso, ficou em segundo plano devido ao objetivo não alcançado.

O pior de tudo é que eu cheguei completamente morto e exausto. Todo dolorido. Só depois da Maratona de Santa Catarina senti tantas dores nas pernas. Não é aquela dor de lesão, é só cansaço. Normal até, mas fazia tempo que não terminava uma corrida assim. Percebi aí que correr 21 km forte não é fácil. Nos treinos longos para a maratona, passo os 21 km bem tranquilo, sem cansaço, mas com o tempo acima de 1:50:00. Eis a diferença, certamente.

Pensei o que fiz de errado nos 21 km para não conseguir o tempo. Não é nem desculpa. Pode até ser, mas não é. Fui no limite do que dava. Sprint final? Esquece. Olhei para o Garmin e vi que o 1:45:00 tinha ficado para trás. Nem tentei correr mais rápido. Pensei nas próximas meias. Sabia que iria fazer um novo recorde, quase 3 minutos a menos. Então nem forcei. Os segundos não importavam mais, tanto fazia terminar com 36 ou 20. Dava na mesma.

O principal erro, na minha avaliação, foi sair forte demais. Mais forte do que eu pretendia. O ritmo a ser mantido era entre 4:50 e 4:59. Na empolgação da largada, fiz o que não se deve fazer. 1º km a 4:34 e 2º km a 4:39. Já tinha 47 segundos abaixo do pretendido. Meu plano era chegar no 21º km entre 1'30'' a 2'00'' abaixo do pace de 5:00. Assim teria tempo para completar os metros finais do percurso com bastante folga.

Meu corpo sentiu que estava errado. As pernas ligaram o sinal de alerta. O que aconteceu? Minha canela começou a doer. Sabia que a dor era por causa do ritmo forte. Já me aconteceu outras vezes. Quando saio muito rápido, ela reclama. O ideal é aumentar o ritmo gradativamente, aquecer antes, durante a corrida mesmo. Não foi o que eu fiz. Logo, dor. Assim foi até o 5º km. Depois, entramos na Beira Mar e o ritmo raramente ficou abaixo os 5:00 min/km.

Ali eu sabia que as pernas não iam aguentar, já estavam cansadas. A dor na canela passou, mas, enquanto durou, tirou mais um pouco das energias. Controlava mentalmente quantos segundos estava abaixo dos 5:00. Piorava a cada quilômetro. Na volta do percurso, talvez por encontrar vários conhecidos do outro lado, o ritmo aumentou. Nada de expecional, mas melhorou. Continuava controlando o pace e vendo que estava cada vez mais difícil.

Lá pelo km 14, 15, senti que não sentiria por muito mais tempo as pernas. O cansaço estava se manifestando mais acentuadamente. A vontade de parar existia, mas era incogitável. Parar seria um fracasso maior do que não fazer o 1:45:00. A cada quilômetro, o pace aumentava mais alguns segundos. Ainda tinha uma mínima esperança. Quando chegou a vez de voltar pela ponte, a esperança não foi comigo. Ficou antes, pelo caminho.

A subida da ponte foi para matar. Depois de 17 km, ainda tinha uma subida que não terminava nunca. Ali foi o ponto final do sonho. Faltavam 3 km e minhas pernas não se importariam em parar. Estava tudo muito ruim. Eram só 3 km. Tinha que ir do jeito que dava. Tentei me animar, mas não dava mais. Até o sprint final, como falei mais para cima, ficou de lado. Estava só esperando o portal de chegada. Em ritmo moderado, terminei a prova.

Passou só o tempo de chegar a tirar o chip e pegar a medalha para eu ter a noção real da situação. Estava doendo todo e qualquer lugar das pernas, principalmente as coxas. A dor passou o domingo e a segunda-feira comigo. Está diminuindo lentamente. Senti-me como um time que joga em casa, estádio lotado, todas as condições de obter um ótimo resultado e leva dois gols nos últimos minutos. Essa foi minha participação na Meia de Floripa.

Não foi ruim, mas não foi bom também. Esperava fazer um texto em tom mais entusiasmado. Ainda não dá. Nem o recorde pessoal me animou. Rever estratégias e treinar mais. Não há outra opção. Acho que é a primeira vez que não fico tão contente com um recorde pessoal. A organização da prova foi perfeita. Não faltou nada. Só me faltaram pernas. Continuarei em busca do sub 1:45:00. Espero conseguir em uma próxima meia maratona.

sábado, 16 de junho de 2012

Here I go again

Quase um ano atrás, a Meia de Floripa foi minha primeira meia maratona da vida. Agora, será a oitava. Nesse tempo, tudo mudou pra melhor. Meu conhecimento acerca do que envolve correr aumentou. Mais preparado, mais treinando, mais rápido. Em 2011, o objetivo era só terminar. Foi sofrido, sem muito treino, mas completei com pace abaixo de 6:00 min/km, conforme planejado. Corri em 2:01:15 e não consigo esquecer esse tempo. Ficou marcado. A primeira meia foi boa demais.

Continuei correndo. E correndo. E foram mais 6 meias. Este ano, até julho, só duas provas realmente importam: a Meia de Floripa e a Maratona do Rio. As outras 17 provas que participei até agora podem ter sido legais e muito boas, mas não se comparam. Este ano, corri duas meias e melhorei o tempo. 1:54:02 em março e 1:49:16 em maio, já pensando na Meia de Floripa. Se em 2011, queria correr abaixo de 6:00 min/km, em 2012 tem que ser menos de 5:00 min/km. Qualquer coisa que não seja menos de 1:45:00 será um fracasso.

Tenho condições, sei que consigo, mas sempre fico com um pouco de dúvida antes da corrida começar. Na Track & Field foi assim. No fim, o recorde veio, mas até chegar na hora de correr muitos pensamentos me atormentaram. Está tudo certo, mas nunca se sabe o que vai acontecer durante a prova. Essas corridas em que me obrigo a melhorar o tempo me deixam mais ansioso do que o normal. Meia de Floripa, lá vou eu de novo. Em busca do recorde perfeito para o momento. Nada mais importa. Domingo (17/06) é o dia.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Circuito SESC - Tijucas

Com mais essa corrida, fechei 12 fins de semana participando de provas. Desde 18 de março sem parar. Todo fim de semana, se tem corrida, eu vou. Dessa vez, nada de prova por Florianópolis ou São José. Então me mandei para Tijucas, na corrida que abriria o Circuito SESC de Caminhadas e Corridas. A inscrição seria de 10 reais, mas no fim ficou em 3 reais. Preço totalmente excelente e impossível não participar.

Anunciaram que teria percurso de 5 e 10 km. A quadra que eles usaram não concordou muito. Cada volta deu quase 2,25 km. No fim, nem 9 km no que deveria ter 10 km. Pelo menos, quase fechou redondo. Terminei esses 9 km em 44:36. O tempo não foi dos melhores da minha vida, mas era só o que dava para fazer. Antes dessa prova, foram 7 dias seguidos correndo, incluindo um longão de 3 horas na sexta-feira. As pernas reclamaram um pouco.

Fosse para correr em um ritmo devagar, como tem sido nos treinos e nos longos, até acredito que seria tranquilo. Decidi, no entanto, que nas provas tentaria um ritmo mais forte, pra me testar. O objetivo em Tijucas era fazer um pace abaixo de 5:00 min/km. Desde o início percebi que não ia ser muito fácil. O 1º km em 4:36 já me mostrou que era impossível manter esse padrão. A parte de dar 4 voltas na quadra também ajudou a desmotivar.

Somam-se os dias anteriores de treino, a monotonia do percurso, o piso de lajota e estrada de chão e temos o resultado dito anteriormente: fiz o que dava pra fazer. O 2º km ainda ficou em 4:47. Depois, do 3º ao 8º km, a briga foi para manter os 5:00. Missão árdua, mas cumprida. Tentei acelerar no último quilômetro e consegui um 4:57. Era mais do que suficiente. Valeu como treino, valeu como a 17ª corrida do ano concluída.

Mesmo sendo em um lugar de Tijucas que nem o Google Maps sabia onde ficava, achei que teria mais participantes. Talvez a chuva da manhã tenha espantado as pessoas que não gostam de se molhar. Mal sabiam elas que a chuva iria parar e a corrida seria com tempo seco, com o sol saindo timidamente em alguns momentos. Perderam uma prova barata, longe de tudo e bem organizada.

sábado, 2 de junho de 2012

Mais do mesmo

2011 e 2012 foram anos bem interessantes na minha vida de corredor amador. Entre junho de 2011 e abril de 2012 corri todas as distâncias possíveis que um dia imaginei correr quando comecei. E também participei de de provas que sempre quis. 5 km, 10 km, 21 km, 42 km. Mountain Do, São Silvestre, Volta à Ilha. Provas de 5 e 10 km fiz muito, mas as outras todas começaram depois.

Em termos de distâncias e provas, já está tudo realizado. O que falta agora é acrescentar novas provas, em outros lugares, no currículo. Meias maratonas e maratonas fora de Santa Catarina e outras provas mais famosas. Começarei com a Maratona do Rio. Talvez este ano seja só essa prova, com possível São Silvestre mais uma vez. Só vou decidir depois de julho.

No momento, me sinto como aquela equipe que ganha tudo no futebol. Perguntam qual a motivação pra continuar jogando e ganhando. Eles respondem que é ganhar tudo novamente. Minha resposta é a mesma. Sigo treinando e correndo porque quero fazer tudo outra vez. Mais rápido, se possível. Repetir as melhores provas, talvez as piores, fazer novas provas e correr sempre. Havendo dinheiro e pernas, vou no que aparecer e parecer bom.
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