sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A tal da ansiedade

Domingo. Esse é o dia. Essa é a data. Eis o evento: Maratona de Santa Catarina. Minha primeira maratona. A última semana foi a semana mais interminável da minha vida. Uma ansiedade que poucas vezes apareceu antes. Os dias que antecedem uma corrida sempre são tomados de certa ansiedade, mas nada comparável com essa que se faz presente em mim neste momento.

Semana longa, que não passou. Não teve nem um jogo do Grêmio no meio da semana pra me distrair. Só consegui pensar na maratona. Às vezes, nem queria, mas não tinha em mais o que pensar. Pra completar, a maratona resolveu aparecer nos meus sonhos, involuntariamente. Sinal de que alguém está esperando muito o domingo chegar.

Ainda faltam 2 dias. O que eu tinha pra treinar, foi treinado. Nada mais posso fazer. Só descansar e esperar. As horas se arrastam, mas em algum momento a largada vai chegar. Não vejo a hora disso acontecer. Espero por um tempo nublado no dia da corrida. Muito sol e chuva constante são extremos, ambos ruins. 42 km me esperam. Eu vou! E volto pra contar.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

2ª Corrida Rústica Beira Mar de São José

Depois de um treino de 21 km no sábado, o sol resolveu aparecer com tudo na manhã de domingo. Não tive como ficar dormindo e fui pra Beira Mar de São José, onde aconteceria uma corrida. Eram 8 km, em um trajeto já bastante conhecido. Resolvi participar dessa prova pra fazer um treino e me não ficar parado, pensando em manter o ritmo (de tartaruga) para a maratona. O objetivo era correr tranquilamente, da maneira que fosse possível, já que o sol não deu trégua e a largada aconteceu depois das 9 horas (atrasou demais, como sempre).

O maior problema das corridas é que nunca consigo começar correndo mais devagar. Alguma coisa acontece e o ritmo sempre é acima do normal. A largada foi dada e eu tentei sair sem forçar, só pra completar os 8 km. A princípio, tudo ia bem, e muitos corredores me passaram. Aí eu comecei a ficar agoniado de ver tanta gente me passar e vi que dava pra acelerar mais um pouco. Acelerei e passei alguns que tiveram a ousadia de me ultrapassar. Consegui manter a velocidade até o 3º km, caindo um pouco no 4º km.

A metade da prova chegou e ali ficou estabelecida minha posição na corrida. Não passei e ninguém mais me passou. Meu tempo foi muito satisfatório, com pace de 5:27 min/km. Meio inacreditável até. Corri sem me preocupar com o tempo e a distância. Liguei o GPS, mas tirei o som. Foi uma corrida no escuro. Ou melhor, no sol, muito sol, que, vejam só, queimou meu rosto e meus braços. Nota mental para a próxima corrida: usar protetor solar.

Esse foi um bom treino antes da maratona, já que era uma corrida, e nas corridas eu sempre me esforço um pouco mais. E, mesmo assim, continuo perdendo pra mim mesmo. Se é corrida, tem medalha. E, na verdade, fui mais pra completar minha 56ª corrida e ganhar a 56ª medalha. Além, é claro, de encontrar o pessoal que corre e participa do evento. Melhor companhia não há. O tempo não era importante e, talvez até por isso, foi melhor do que o esperado. Domingo é dia de maratona e eu não penso em outra coisa.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mudança de hábito

Minha meta de postar todo dia se perdeu ali pelo mês de junho. Entregar o TCC tomou um tempo e treinar pra Meia de Floripa tomou o outro tempo. A frequência de coisas escritas diminui e a maioria dos textos que aqui apareceram foram sobre corridas. Corridas e treinos, treinos e corridas. Virou praticamente um blog sobre corridas, mesmo que essa não fosse a intenção. O fato é que, depois de formado, só me resta trabalhar e correr. E eu gosto de correr. Muito mais do que trabalhar. Aí o blog tá virado em correria.

Tentando voltar aos posts diários, já sabendo que amanhã ou depois não vou conseguir, volto a falar das corridas. Lá nos idos de 2008, um jovem sedentário, um pouco acima do peso, corria, quando corria, 3 km na esteira e se achava um monstro. Aí por influência de dois primos, aos quais existe eterna gratidão, o sujeito se inscreveu na prova de 10 km da Maratona de Santa Catarina que se realizou naquele ano. O rapaz demorou 1h10m pra completar 10 km, cheio de dores nas pernas e calos e bolhas nos pés. Ainda chovia muito. A corrida com mais chuva que ele participou.

A partir daí, o dito jovem de 21 anos começou a gostar de correr. Obviamente, demorou pra treinar e correr com frequência, mas aquela vontade de correr se instalou naquele corpo. 2008 e 2009 foram anos de atividade física no verão e paradas longas no inverno. A vida sedentária, ao menos, foi abandonada. Em 2010, o jovem resolveu levar as coisas mais a sério. Enfrentou suas primeiras dores no joelho, investiu em tênis e roupas adequadas. Hoje, em 2011, ele pode ser chamado de atleta. Muito amador, é verdade, mas um atleta. Se o Ronaldo era chamado de atleta, todo mundo pode ser. Enfim, a corrida mudou os hábitos dessa pessoa.

O peso foi perdido, chegou a mais de 10 quilos. Atualmente, aumentou um pouco e estagnou. No entanto, muito melhor do que era. As camisas são G, não mais GG. As calças começaram a cair. Novas precisaram ser compradas. O refrigerante foi deixado de lado. O que falta mesmo é parar de comer tanta porcaria e correr mais. Não se corre tudo que se quer, mas não fica parado. O sedentarismo sumiu. A vida agora é mais saudável. Resumidamente, foi assim que a correria começou. Essa é minha vida, essa é minha história (by Nextel). Eu corro e não vou mais parar. Não por vontade própria.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A distância já não assusta tanto

Correr, não parar de correr. Isso é vida. Não sei se já falei aqui, mas vou correr a Maratona de Santa Catarina, que vai se realizar no dia 02 de outubro desse 2011. Foi uma decisão meio repentina, um pouco estúpida e sem noção também. Afinal, venho treinando, mas não era específico pra uma maratona. A oportunidade de correr uma maratona na cidade onde moro também influenciou. Paguei o boleto da inscrição e não tem mais volta. Só me restava treinar um pouco mais, aumentar os treinos longos e ver no que vai dar. O resultado final vocês vão saber no início de outubro.

O fato é que depois de efetuado o pagamento do boleto, já fiz dois treinos longos. Antigamente, treino longo pra mim era passar dos 10 km, correr tipo uns 10,1 km. Isso era a coisa mais longa do mundo. Aí surgiu a meia maratona e o treino longo aumentou pra 15, 16 km. Ainda assim não era o que se podia chamar de looongo. Demorei, mas fiz meu primeiro treino longo. Corri quase sem parar 27 km em 3 horas. Vi que era possível. Basta um pouco de paciência, sem exigir muito do corpo, correr só por correr.

Ontem, mais um longo. Dessa vez, dando a volta ao Centro de Floripa. Pouco mais de 21 km percorridos, mas em um tempo bem razoável. Achei até que corri mais rápido do que o normal para um treino longo. Deve ter sido por correr em grupo. A vantagem de não correr sozinho é que você corre um pouco mais rápido e nem sente tanto. Posso dizer que correr 21 km tá ficando cada vez menos complicado. Não significa que as dores não apareçam logo depois do treino e no dia seguinte, mas parece que meu corpo está se acostumando com a ideia de grandes distâncias.

Não sei mais quantos treinos longos farei. O certo é que a preparação para a maratona segue seu rumo normal na anormalidade de não ter muito tempo pra treinar. Correndo essas distâncias maiores percebi que a maratona vai ser bem complicada. Não que eu achasse o contrário, mas foi, digamos, uma confirmação da teoria. Pra não dizer que tenho certeza, acredito que consiga completar a prova, só não sei em que condições e com qual tempo. O objetivo principal é se divertir correndo durante os 42 km, ou enquanto o corpo permitir. Faltam 16 dias para a maratona.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Track & Field Run Series Florianópolis

Arroz de festa. Eis uma expressão que pode definir bem minha participação em corridas. Semana passada, fui em uma com quase 100. Ontem, fui corri a Track & Field, que contou com mais de 1000 participantes. Esta sim pode ser chamada de CORRIDA, de fato. Baita evento. Largada em frente ao Shopping Iguatemi, estacionamento gratuito. Organização, apoio, água, frutas, nada a reclamar nessa parte. Só achei feia a tal da medalha. Que coisa mais sem graça. A do ano passado foi bem melhor. Vejam a foto aí em cima e comprovem a falta de beleza nela.

Dessa vez, não vou me ater a descrever a corrida como um todo. Vai ser um resumo. Ou tentativa. A semana de chuva ficou pra trás e o domingo nos presenteou com um baita sol, ótimo tempo. Ideal para acordar cedo e correr. Nem o fato de eu ter ido a um casamento e ter dormido às 2 horas da manhã, totalizando incríveis 4 horas do sono, me prejudicou na corrida. Com a ajuda do meu primo Jules, que me puxou a prova toda, consegui fazer meu segundo melhor tempo nos 10 km. Queria fazer abaixo de 50, mas ainda não foi o dia. Completei a prova em 53m04s.

O tempo foi bem satisfatório e o resultado também. Na faixa etária, fiquei em 7º de 19. Esse fato foi o que mais me deixou feliz. Sei que nesses eventos com milhares de participantes vem gente que corre pouco ou nem treina direito. Mas foi muito significativo. Fosse uma daquelas provas que premiassem por categoria, ficaria a duas posições do troféu. Depois da maratona, o foco vai ser em abaixar esse tempo nos 10 km. A competição não é com os outros, é comigo mesmo. E eu geralmente perco. Tá errado. 55 corridas no total, 17 no ano (arroz de festa do começo do texto) e contando.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Treinando na chuva

Chega o 7 de setembro, feriado. Vem o pensamento de correr e fazer aquele super longo, visando a maratona. Aí a pessoa aqui esquece de desativar o despertador automático e acorda às 7 horas, como em todos os dias da semana que não são feriado. Foi ruim, mas acabou sendo bom. Saí pra correr e não estava chovendo, antes das 8 horas ainda.

Nem deu meia hora e a chuva começou. E não parou mais. Pensei em desistir e voltar pra casa, mas tinha que cumprir a meta que me comprometi a fazer: correr 3 horas. A chuva diminuiu. A chuva aumentou. Até parou. Ficou fraquinha. Enfim, fiquei todo molhado, mas foi o melhor dos treinos. Claro que tenho quase certeza que não sairia pra correr se tivesse chovendo.

Sair de casa logo cedo, com o tempo só nublado, foi o que melhor poderia ter acontecido. Pegar chuva no decorrer do treino é aceitável e é até bom. Começar com chuva é complicado. Durante as 3 horas, corri 27 km e descobri dores que nunca tive antes. Descobri também que correr 27 km e gastar mais de 2 mil calorias não significa emagrecer. Maratona vem aí. Se segura!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Corrida da Primavera

Julho foi um mês excelente de corridas. Foram 4 participações. Agosto parecia que ia ser melhor. Não foi. Vento, chuva e frio, além de poucas provas, contribuíram para um sedentarismo forçado e preguiçoso. Em agosto, só consegui participar do Mountain Do. Chega setembro e, se tudo der certo, vou correr 5 provas. A primeira da lista foi no último domingo, a Corrida da Primavera, organizada pela ACORSJ, na Beira Mar de Florianópolis.

O dia estava bonito, mas havia o vento. Na Beira Mar, esse vento ficou mais acentuado. O sol saiu e amenizou um pouco. Frio ninguém passou, eu acho. Como vinha de uma semana parado e apenas um treino de 10 km no sábado, queria correr tranquilamente, sem pensar em tempo, nem forçar muito. Mas vai dizer isso pro meu corpo e pras minhas pernas quando é dada a largada. É corrida, não é treino, me empolgo e saio como se o mundo fosse acabar.

A prova deveria ter 10 km, teve um pouco menos, coisa de aproximadamente 9.33 km, perto disso. No primeiro quilômetro, o idiota aqui correu a 4:51 min/km. Aí o pace foi subindo, como sempre acontece. Uma hora minhas pernas iam cobrar o começo um tanto explosivo. No 8º e 9º km, cheguei a 6:00 min/km. Normal. Quando vi que estava chegando, acelerei pra passar um dos três corredores que havia me passado depois dos 5 km. Foram pouco mais de 300 metros, mas nessa distância corri a 4:05 min/km.

Logo, alguma coisa eu preciso mudar. Meu começo é bom porque eu me empolgo com a largada e o final também pode ser bom, se eu tiver alguma energia pra acelerar e terminar o quanto antes. O tempo foi além do esperado. O cansaço pós-prova apareceu e coxas e panturrilhas ficaram um tanto prejudicadas. Nada de grave e anormal. Anormal sou eu não saber me controlar e sair correndo sem critério.

O mais supreendente foi o resultado: chamaram meu nome porque fiquei em terceiro lugar na categoria. Não tinha muita gente correndo, mas mesmo assim não esperava. Fiquei bem contente. Mais um troféu pra coleção. Agora são 9 inacreditáveis troféus. Vou sentir saudade da categoria 20-24 anos. Preciso treinar e melhorar mais o meu tempo. Os Loucos por Corridas estavam lá e, por óbvio que se possa imaginar, animaram a prova.

Se tenho alguma coisa pra reclamar, é do horário da largada. Atrasou meia hora, como é comum acontecer nessas provas, digamos, menores. Atrapalha um pouco. Fora isso, o trajeto foi interessante, já que é raro correr em direção ao Centrosul. Mais provas estão por vir. A próxima é a Track and Field. Depois tem mais e mais. Sabe o que eu vou fazer? Correr todas. Vai que sobra um troféu de novo. Comece a correr você também, seu sedentário!
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