domingo, 26 de junho de 2011

Questões temporais adiam o recorde

Hoje seria o dia do meu novo recorde nos 10 km. Acabou que não foi. Depois de uma semana fria, Floripa amanheceu no domingo com muita chuva e vento, além, é claro, do frio. As condições não eram as melhores para correr. Tanto foi assim que todos os Loucos Por Corridas estavam lá. Não tem chuva ou vento que nos deixe em casa. O problema é que só os loucos não foram suficientes para fazer a corrida acontecer. O tempo, mais feio que eu (coisa difícil, pra ver como tava feio), cancelou a prova, adiada sem data definida, provavelmente no próximo domingo.

As condições climáticas realmente eram as piores possíveis. O que me deixou extremamente irritado foi o fato de só avisarem no dia, faltando meia hora pra largada, que a prova seria cancelada. Que avisasse no dia anterior, já que havia previsão de chuva. O cancelamento em si é compreensível. A parte de cancelar no dia é que ficou ruim. Acredito que haveria largada, caso fosse uma corrida dessas que ocorrem normalmente em Floripa. Mas era uma Corrida Pela Paz, contra as drogas, um evento beneficente, praticamente de graça (a inscrição era um quilo de alimento), o que atraiu muito mais pessoas do que o normal.

O tempo totalmente desajustado contribuiu para que essas pessoas, que normalmente não participam desses eventos, ficassem em casa. Eles ainda não estão viciado pela corrida. Para elas, é melhor ficar na cama, em casa, onde não faz frio e não chove. Entendo. O adiamento, sob esse aspecto, fez muito sentido. Só não precisava ser pouco antes da largada. Mesmo assim, alguns loucos fizeram um treino na ciclovia da Beira Mar, pra não perder a viagem. A corrida vai acontecer quando o tempo permitir, talvez na semana que vem. As milhares de pessoas confirmadas poderão comparecer e vai ser um baita evento. O tempo só adiou o meu recorde nos 10 km.

sábado, 25 de junho de 2011

A correria continua

Essa rotina de correr e continuar correndo. Amanhã tem mais uma corrida, a Corrida Pela Paz. É a 4ª edição da corrida, da qual já participei em 2009 e 2010. Grande evento, cada vez fica maior, com centenas de participantes. Provas de 5 e 10 km para quem quiser correr e 4 km para quem preferir caminhar. O que vale é participar. Estarei lá e quase todos que eu conheço também. Vai todo mundo correr.

Se tudo der certo, tem que dar, nessa corrida vou bater meu recorde pessoal nos 10 km. Já está na hora de fazer isso. O atual recorde é de 54:39. Espero fazer, no máximo, 54 minutos. Baixar disso, se possível. Parece fácil falando, mas ainda tenho minhas dificuldades. Independente das condições do tempo, o que mais pode me influenciar são as condições físicas, mais especificamente o joelho. Se ele se comportar bem, não vejo nada que possa dar errado. É só correr o mais rápido que puder e se divertir.

São apenas 10 km. É menos da metade dos 21 km da meia maratona. Aliás, na meia maratona, fiz 10 km em 55:53, o que seria o meu quarto melhor tempo nos 10 km. Sei disso porque tenho tudo nas minhas anotações de treinos e corridas. Coisa de doido, mas é um bom jeito de ver a evolução dos meus tempos. Ou seja, se nos 10 km da meia maratona fiz um tempo bom, ainda com 11 km pela frente, correr só 10 km tem tudo pra ser mais tranquilo. Será a minha 49ª corrida. Espero que com novo recorde.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Com menos intensidade, volta tudo outra vez

Ontem, escrevi por aqui que estava sem dor nenhuma. E realmente estava tudo perfeito. Aí acordei hoje com um desconforto pra lá de desagradável no joelho direito. Todos os problemas que tive até este dia foram no joelho esquerdo. Quando o esquerdo fica bom, o direito resolve incomodar. Sei lá eu o motivo dele começar a doer. Não é dor intensa, nem que me impede de andar, mas, dependendo do movimento, sinto um pouco de dor.

Duvido que isso me impeça de correr domingo, na Corrida Pela Paz. Duvido muito, até porque nessa corrida vou baixar, de qualquer maneira, meu recorde pessoal nos 10 km. Depois da corrida, aí pode dar problema. Não faço ideia do que vai acontecer com meu joelho e minhas pernas. Espero que fique tudo bem. Se não ficar, tenho tempo pra me recuperar até a próxima corrida. Perco alguns dias de treino, mas não há de ser nada.

No momento, estou meio desconjuntado. Se movimento o braço direito de forma muito brusca, sinto as dores de domingo. Correr 21 km me fez ter muitas dores no braço direito. Tensão, dizem. Deve ser mesmo. As dores na perna foram embora, mas hoje apareceu essa dorzinha no joelho. Nada que vá me atrapalhar pra domingo. Assim espero. Descanso sexta e sábado e fico pronto pro domingo. Vai ser bom demais.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Novos objetivos espontâneos aumentando o ritmo

Como escrevi longamente no último post, minha participação na Meia de Floripa foi sucesso total. Hoje, quinta-feira, escrevo sem dores nas pernas, sem dor em lugar nenhum. Isso depois de correr mais 5 km. O tempo da Meia de Floripa, embora desejado, parecia impossível. No final, se mostrou totalmente alcançável. Foi um baita tempo, ainda mais por ser minha primeira meia maratona, com um pace memorável para quem, em março, estava com problemas no joelho: 5:42 min/km.

Essa pace quase inacreditável me fez concluir a única conclusão possível: a partir de agora, em qualquer treino ou corrida que eu faça, não posso ter pace acima dos 5:42 min/km estabelecidos na meia maratona. Será inadmissível, vergonhoso eu diria. Se consigo correr 21 km em um pace, por qual razão correria acima dele em distâncias menores? Pois é, não tem explicação. Eu que me vire nos 5:42 min/km. O objetivo é abaixar sempre. Por este motivo que eu não paro de correr.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Meia Maratona de Floripa

O grande dia chegou. Meio que já não aguentava mais esperar e treinar. Só consegui dormir até às 5 da manhã de domingo. Ainda fiquei uma hora enrolando na cama até levantar. Segui os procedimentos normais de uma corrida, mas dobrei a parte da alimentação. Seriam 21 km e eu não estava com muita vontade de passar mal e desmaiar. Pegar o kit no sábado, com uma baita camiseta, é bem melhor. Coloquei o número na camisa e o chip no tênis na noite anterior. Tudo preparado pra corrida.

As manhãs de junho foram, até daqui, frias. Esperava frio na largada, principalmente por ser às 7:30. Que nada! Estava o melhor clima do mundo para correr. Temperatura amena e sem vento. Não podia ser melhor. Mais de 3 mil participantes. Foi a melhor corrida que já participei. Por sorte, fiquei na frente, bem perto da largada. Demorei só 17 segundos pra passar no tapete. Os vídeos da largada mostram as milhares de pessoas largando. Não parava mais de aparecer gente.

O processo da largada foi tranquilo. O pior estava por vir. Faltavam só 21 km pra terminar a prova. O objetivo estabelecido era aquele de abaixo de 2:30:00 e tentar abaixo de 2:17:00. Tinha comigo um objetivo oculto de completar os 21 km em menos de 2 horas. Não sabia se seria possível, mas era algo que tinha em mente. A única certeza que eu tinha é que não tinha certeza nenhuma de como meu corpo se comportaria depois do 15º km.

O começo foi tranquilo, com parciais muito abaixo do que eu esperava, todas abaixo de 6:00 min/km, na média de 5:28 min/km. Pensei comigo naqueles 5 km iniciais que não dava pra manter o ritmo até o final. Diminuí o ritmo mas ainda assim fiquei abaixo dos 6:00 min/km. E foi assim durante a primeira metade da prova. Começou a ficar ruim quando a posterior da coxa se manifestou depois do 14º km. Ali foi um momento complicado e faltava boa parte da prova.

Não sei o motivo ao certo, mas a dor passou. Ou esqueci dela. Talvez possa ter sido a água que eu tomei. Talvez as músicas que eu cantava na minha cabeça. Meu repertório se resumiu basicamente a 3 músicas, que fiquei cantando durante 21 km. Ou talvez as pessoas que ficavam na Beira Mar aplaudindo, incentivando. Isso dá um ânimo pro corredor que tá passando as dificuldades usuais. As plaquinhas de quilômetros demoram pra chegar, mesmo mantendo o mesmo ritmo.

Falando no ritmo, ele caiu muito no 18º km. Não é coincidência que tenha sido bem no momento das duas principais subidas. Primeiro foi o elevado, depois a subida da ponte. Além dessas duas subidas, tinha mais uma, lá perto do 20º km, pouco antes de chegar na Beira Mar do Estreito, na reta de chegada. Essas três subidas e o meu cansaço fizeram os paces do km 18, 19 e 20 ficarem acima de 6:00 min/km. Só no último quilômetro consegui fazer o pace abaixo de 6:00 min/km.

Se fosse resumir, diria que o ritmo foi bom até o km 17. Depois o ritmo caiu e recuperei um pouco no final. Sempre corro um pouco mais no último quilômetro. De qualquer forma, correr quase sempre abaixo de 6:00 min/km me proporcionou um baita tempo. Meu recorde na meia maratona. Sim, foi a primeira meia maratona da minha vida. Lógico que seria meu recorde. Só não esperava que fosse um tempo tão bom. Acabei a prova em 2:01:16. De acordo com meu GPS, fiz esse tempo correndo 21,320 km. Os 21 km fechei em 1:59:47. Ou seja, objetivo oculto alcançado.

A felicidade maior do mundo na melhor corrida da história de Florianópolis. Só tenho elogios para a organização da prova. Quero ver alguém reclamar alguma coisa. Foi tudo perfeito. Kit muito bom, prova excelente e percurso sensacional. O percuso foi a melhor parte, sem dúvida alguma. As duas pontes de Floripa, onde só passam carros, tiveram duas de suas pistas reservadas exclusivamente para os corredores. Metade da ponte era nossa, com o melhor visual do mundo. Fiz correndo o trajeto que sempre faço de carro. Sem palavras para descrever, apesar de já ter digitado várias para tentar.

A medalha da meia maratona é muito bonita e foi a que eu mais gostei de ganhar. Treino, dores, esforço, tudo valeu a pena. A classificação ficou final foi essa: 1018 de 1764 no geral e 878 de 1329 no masculino. As dores apareceram domingo, continuam hoje e duvido que sumam até terça. Tá ruim pra subir e descer escadas. É o tipo de dor boa de sentir, passageira. Agora quero fazer outras meias maratonas. Uma maratona é um sonho distante, mas também está nos planos. Não paro mais. Ninguém me segura.

sábado, 18 de junho de 2011

O maior desafio de todos os tempos

É amanhã! O dia da minha primeira meia maratona. Não faço ideia de como vai ser. Espero apenas completar, sem andar em nenhum instante da prova. Pra não dizer que só vou correr, tenho minha meta pessoal de terminar a corrida abaixo de 2:30:00. Queria muito fazer em até 2:17:00. Dependendo das minhas condições, posso conseguir. Meus treinos anteriores servem como referência.

Na última semana fiz um treino longo de 15,5 km com um pace de 6:34 min/km. Ou seja, é possível. Pra 21 km faltam apenas 5,5 km. É provável que sejam os piores 5 km da minha vida, mas acho que consigo. Dias depois, corri 11 km e fiz um pace de 6:03 min/km. Logo, 11 km eu faço tranquilo. Faltariam 10 km. menos da metade da prova, que ainda é uma distância considerável.

O desafio é grande, é o maior de todos os tempos na minha curta vida de corredor amador. Devagar se vai ao longe. Penso que, apesar de algumas adversidades, consigo atingir o meu objetivo de concluir a prova. O frio da largada às 7:30 pode atrapalhar, mas é só no começo. O percurso é interessante. A Meia de Floripa já vai valer a pena só por passar pelas pontes da cidade. Tem tudo pra ser uma baita prova.

Decidi que ia correr os 21 km há um mês atrás. O tempo foi exíguo. Treinei o que foi possível pra melhor me preparar. Fiz o possível. O TCC me atrapalhou um pouco, mas mesmo assim os treinos foram satisfatórios. Tenho certeza que essa vai ser a primeira de muitas meias maratonas. A expectativa e a ansiedade estão um tanto quanto elevadas. Posteriormente, vou relatar meu desempenho na prova.

sábado, 11 de junho de 2011

Circuito das Praias - Praia do Campeche

O tal do TCC comeu meu tempo, não consegui escrever no blog. Fiquei sem escrever, mas não sem correr e treinar. Prova disso é que no domingo passado fui em mais uma corrida: o Circuito das Praias, na praia do Campeche, em Floripa. A pior época do ano pra correr está começando. É frio de manhã, frio à tarde, gelado à noite. Não tem opção, tem que correr no frio mesmo. A manhã da corrida estava terrivelmente gélida. Temperatura em 11ºC, com sensação bem mais baixa. Tinha vento, era na praia. Daí se deduz o clima nada aprazível que nos esperava.

Acordar cedo no domingo frio foi fácil. Difícil foi ficar só de shorts e regata aguardando a largada. Esse tempo de espera não durou 10 minutos, mas pareceu uma eternidade. Toda essa frescura de frio, quero ficar com casaco e tal desapareceu depois das primeiras centenas de metros. Corrida teve 60 participantes. O frio pode ter espantado os mais fracos, mas o pessoal louco por corrida de sempre estava lá. Eram apenas 7 km. Distância boa de correr. Por não ter tanta gente, me pareceu que seria uma corrida rápida, com o pessoal querendo completar logo.

Pensando nisso e esquecendo tudo que eu tinha planejado, comecei a corrida num ritmo forte para os meus padrões. Lógico que o ritmo ia cair. Pra piorar, não tinha certeza sobre o percurso. Largamos na trilha e pouco depois fomos para a praia, na areia. Pior terreno pra correr. Tem praia com areia dura, razoável pra correr. A do Campeche não é assim. Explicando: a parte boa de correr, invariavelmente, era tomada pelas ondas do mar agitado. Podem me chamar de fresco, mas não ia molhar meu tênis novo na água salgada. Sem chance. Mesmo nessa parte boa da areia o terreno era inclinado. Uma merda, por assim dizer. Aí eu desviava da água e ia pra areia fofa. Nada é tão ruim que não possa piorar.

Trilha e areia não são meus terrenos preferidos, mas posso dizer que os treinos pro Mountain Do e o próprio Mountain Do me ajudaram a ter um desempenho melhor. Tenho dificuldades no asfalto, imagina se não vou ter nos outros terrenos. Mesmo assim, gostei do percurso. Lembrou o Mountain Do, que é uma baita prova. Tenho a impressão que algumas pessoas não estavam acostumadas com areia e trilha e até foram surpreendidas com o percurso. O meu ritmo caiu enquanto corria na praia, mas o começo mais forte me garantiu um tempo dentro do "Padrão Enio de Corridas de Rua".

Esse desempenho inicial e ter um pouco de noção de como é correr em terrenos adversos me garantiram uma posição confortável na corrida, visto que fui ultrapassado pela penúltima vez na praia. Depois disso, me mantive no mesmo lugar. Só lá no quilômetro 6 um corredor me passou. Ou seja, o ritmo foi mantido quando não estive pelo terreno praiano, o que inclui areia e uma pequena duna. Chegar na estrada foi um alívio e a certeza de que recuperaria meu ritmo. Não é grande coisa, mas prefiro os meus 5:29 min/km no asfalto do que os 6:02 min/km na praia.

Gastei mais tempo escrevendo do que correndo. Meu tempo total na corrida foi satisfatório, mais por causa dos tipos de terreno encontrados pelo caminho. Dias antes, fiz a mesma distância na Beira Mar 1 minutos mais rápido. No resultado final, fiquei em 35º de 60 corredores. Consegui correr mais rápido do que em outras corridas e não senti dores ou cansaço. Completar a prova e encontrar muita água e frutas à disposição também é muito bom. Corrida bem organizada, excelente. Tenho certeza que mais corredores virão nas próximas. Azar de quem ficar em casa. Não sabe o que está perdendo. A minha presença está sempre garantida. Nem o TCC me faz parar de correr.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...