terça-feira, 29 de novembro de 2011

5ª Meia Maratona de Blumenau

Chegou o fim de semana. E, quem diria, tinha uma corrida no calendário. Dessa eu não ia participar, mas pessoa influenciável que sou, fui convencido e me inscrevi nos últimos instantes na Meia Maratona de Blumenau. Inscrição feita, era só correr. Treino específico pra prova não fiz. Só o de sempre. Atualmente, correr 21 km é muito menos sofrido do que foi em junho. Preparado, daquele jeito, fomos a Blumenau.

Fomos porque fui junto com o Eduardo. A gente é doido mesmo. Acordei na madrugada de domingo às 3:45 pra seguir toda a minha rotina pré-prova. Partimos às 4:15. Viagem tranquila. Chegamos em Blumenau 6:10. Bem tranquilo, sem maiores transtornos. A maior dificuldade foi dormir cedo no sábado e acordar cedo no domingo. O tempo estava perfeito para correr. A largada, que seria às 7 horas, teve um atraso de meia hora. Mesmo assim, continuava um bom horário para se largar.

O objetivo nessa meia maratona era baixar meu tempo de 1:59:02. Não iria ser fácil, mas era bem possível. Essa ideia tomou mais forma ainda na minha cabeça quando li na divulgação da prova "trecho 90% plano". Me enganaram. Nunca que Blumenau vai ter uma corrida 90% plana. Várias falsas subidas e descidas. As reais eram muito piores. Não devia ter me iludido com o comunicado. Tive que me adaptar durante a corrida.

Comecei a prova bem. E muito rápido. Burro demais. Não era uma prova de 10 km, eram 21. Nos 6 km iniciais, tempo excelente. Fiz em 31:04. Faltavam 15 km e o problema começou aí. Senti que as pernas não iam aguentar o ritmo. Elas são inteligentes, sabem das coisas, diferente do dono. Entre o km 7 e o 16, variei o pace entre 5:31 e 5:43. Caiu, como esperado, mas tava constante. Terminei o 16º km em 1:27:02. Seguindo nesse ritmo, terminaria a prova em menos de 1:55:00, o sonho maior.

Havia um porém em forma de ritmo, que caiu mais um pouco. Foi pra casa dos 6:00 min/km. Coincidência ou não, foi depois do km 16 que tomei meu último gel. De chocolate, horrível, e não tinha água por perto. A boca ficou pastosa. Senti que fiquei mais devagar. Depois de 16 km, pernas sentindo a prova, gel na hora errada, água só no km 18, tudo ajudou a piorar. Tentei me recuperar, mas não dava mais. A cada quilômetro continuava no mesmo ritmo.

Quando passei no km 17, percebi que o sub 1:55:00 era impossível, mas naquele ritmo o recorde viria. Não seria nada exorbitante, mas baixaria o tempo. A água salvadora do km 18 apareceu. Peguei dois copos pra tentar dar um jeito e melhorar. Não deu. Fui me arrastando. Era a única alternativa possível. O ritmo forte do começo cobrou sua conta. Mas esse mesmo ritmo forte me permitiu melhorar o tempo total. Os segundos que ganhei lá no começo foram úteis na quebra do recorde, embora tenham contribuído pra minha quebra.

Pode se dizer que foi o errado que deu certo. Com certeza, não foi a melhor estratégia. Terminei a meia maratona em 1:58:10 e fiz o recorde pessoal, mas cheguei me arrastando. O final dela foi muito mais sofrido do que a última, em Pomerode. Exagerei demais no início. O sobe e desce em alguns trechos colaborou para meu declínio físico. O maior culpado, no entanto, fui eu mesmo. O bom de ter tempos altos é que não é tão difícil fazer novos recordes.

Cheguei morrido. Fazer a curva e ver a chegada, na Vila Germânica, foi a melhor das sensações. O fim que nunca chegava, chegou. Foi difícil e sofrido. Nem um sprint final decente consegui. Nunca uma garrafinha de Gatorade foi tão bem-vinda. Cada vez é mais legal correr uma meia maratona. Pode ser sofrido como foi essa, mas é cada vez mais fácil correr 21 km. Eu me divirto igual. Da próxima vez, adotarei uma estratégia mais sensata.

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Ler também é um exercício. Exercício lembra corrida e já escrevi demais aqui. Fui correr!

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