Passou a maratona. Apesar do frio de Floripa, consegui treinar quase todos os dias antes da Meia Maratona de Gaspar. Devido ao frio, só rodagens variando o ritmo. O frio matou os tiros. Já havia corrido a Meia de Gaspar em 2011. Foi minha segunda meia. Ainda estava aprendendo a correr distâncias maiores. Em 2012, tudo mudou. Já mais experiente e rodado, sabia que correr os 21 km não seria problema. A única coisa que não mudou é a distância entre Floripa e Gaspar. Solução: madrugar e sair às 5 da manhã de casa.
Os treinos para a maratona, tenho essa impressão, me deixaram mais "lento". Meu ritmo "rápido" ficou perdido lá por junho. Parece. Fato é que essas rodagens estão me deixando com dificuldade para correr abaixo de 5 min/km. Mesmo assim, fui para Gaspar pensando em tentar bater meu recorde pessoal (1:46:39). Era bem improvável. Lembrava que o percurso não era totalmente plano. Várias subidas e descidas, daquelas que suas pernas não esquecem depois de 21 km, principalmente se o ritmo for um pouco mais forte.
Se o recorde pessoal mundial não parecia possível, o recorde pessoal da prova era muito viável. Melhorar os 2:04:33 de 2011 era uma certeza. Atualmente, é impossível eu correr uma meia acima de duas horas. Só se der algo errado durante a prova. Foi a minha quarta corrida com os alertas do Garmin desligados. Correr sem aquele apito a cada quilômetro é muito bom, vocês não tem ideia. Por incrível que pareça, ou talvez nem seja tão incrível assim, estou ficando cada vez mais constante sem esse alerta.
Dessa vez, além de correr sem os alertas, ativei o Virtual Partner (como o Guilherme sugeriu nesse post), para ter uma referência e ver até quando estaria perto do recorde. Estou tentando seguir uma ordem cronológica dos fatos, mas estou falhando totalmente. O importante é que tudo aconteceu no domingo e, de um jeito ou de outro, está relacionado. Aparentemente. Em Gaspar, às 7 horas da manhã, estava bem frio. Normal. Perto da largada, já com o sol saindo, o clima ficou mais agradável.
Largamos. O percurso teve pequenas mudanças. Comecei bem. Olhem essas parciais dos 5 quilômetros iniciais e digam se não fui praticamente um relógio. 5:14 / 5:12 / 5:17 / 5:19 / 5:16. Isso só na sensação do esforço. Fiquei feliz quando vi no fim da prova esses ritmos. Ali pelo sexto quilômetro, olhei o Garmin e me vi muito longe do Virtual Partner. Recorde já era muito difícil. Resolvi acelerar até o sétimo quiômetro para sentir qual era a situação (4:54 no 6º e 5:04 no 7º). Tentei manter esse ritmo, mas não foi muito fácil.
Do 8º ao 11º, o ritmo variou entre 5:04 e 5:18. No 11º quilômetro, confirmei que era impossível chegar no recorde mundial. Precisaria correr os últimos 10 km em 48 minutos. Na parte final da meia, improvável demais. As pernas estavam aguentando esse ritmo, mas não creio que me dariam suporte para aumentar o ritmo. Não havia razão para continuar forçando. Relaxei. Do km 12 ao 15, o pace ficou entre 5:27 e 5:37. Não me cansava, mas o tempo demorava mais para passar. Estava sendo um final de corrida meio tedioso.
Fizemos o retorno e pensei em voltar a correr rápido nos últimos 6 km. No 16º e 17º até consegui esse objetivo. Cheguei no 18 e já desanimei de novo. Era muito esforço para nada. O recorde pessoal não dava mais e o da prova estava totalmente garantido. Para exibir minha constância, fui de 5:37 no km 18 e 19. A placa do 20º km não aparecia. O quilômetro mais demorado. O pace ficou em vergonhosos 5:55. A impressão é de ter corrido o dobro sem sair do lugar. Felizmente, o para sempre sempre acaba e avistei a esperada placa.
A chegada se aproximava. Tomei vergonha na cara e acelerei no último quilômetro. Um último esfoço. Precisava? Não, mas criei dois objetivos que estavam interligados: ultrapassar alguns corredores e terminar a meia maratona em menos de 1h53'. Corri a 5:03 o km 21 e acelerei muito nos metros finais restantes. Passei dois ou três corredores e concluí a prova em 1:52:36. Fiquei satisfeito. Tem dia que não é para recorde, é só para completar. Talvez conseguisse um tempo melhor, mas esse aí não ficou ruim.
Recebi essa medalha enorme da foto. Muito bonita. Quero voltar em 2013. Em busca de um novo recorde da prova. O bom de fazer um tempo mais ou menos é que no próximo ano não é para ser tão difícil conseguir um novo recorde. Essa foi a minha 9ª meia maratona, a 22ª corrida do ano e a 92ª da vida. Se ela serviu para alguma coisa, foi para fazer um treino longo que talvez eu não fizesse se ficasse em casa. E também para ver que estou me entendendo com os ritmos. A dependência dos alertas do relógio diminuiu. A tal da liberdade.
Fala garoto!
ResponderExcluirNão sabia que vc tinha blog, show!
Nos falamos no domingo..
Um abraço!
Olá Enio.
ResponderExcluirObrigado pr suas palavras no Corridas do Luizz
Assim pude conhecer o teu blog e passar aqui desejar todo o sucesso para você.
Abraços
Muito legal seu relato Enio. Que ritmo, heim! É como a gente diz aqui na Bahia: "você é jovem e aguenta"!!!Sabe, eu fiz alguams corridas tentando fazer um sub-60 nos 10 km. Depois que consegui resolvi que não vale a pena o esforço e a tensão! Corrida para mim é diversão! Doravante vou me concentrar mais em médias distâncias, que me permita correr me divertindo!
ResponderExcluirMuito obrigado pela visita ao meu outro blog e pelas palavras de incentivo. Valeu! Um abraço.