Mais um fim de semana de corrida, mais um domingo pra correr. Dessa vez, o desafio era um pouco maior. 16 km, de Antônio Carlos até Biguaçu. Concentração na Inplac e ida de ônibus até o local da largada. Problemas em cima da hora mudaram o lugar da largada. Largamos no meio do mato. Não faço ideia de onde estava. Sabia que estava perdido e que dali teria que correr até Biguaçu. Outros problemas organizacionais atrasaram a largada em 1 hora. Já ia largar em um horário ruim, 10 horas, e ficou pior largando às 11 horas. Nada conspirou a favor da prova, mas iria piorar.
Tinha conhecimento de que havia morros e mais morros durante todo o percurso. Uns mais inclinados, outros nem tanto. Mas todos morros, com suas dificuldades inerentes. Comecei muito forte, dentro do meu padrão de ritmo, para uma prova de 16 km e com muitas subidas. O resultado isso foi um desempenho desastroso a partir do 9º km. O que eu falei que ia piorar na prova vem agora: houve apenas dois pontos de distribuição de água, no km 4 e no km 12. Pra uma prova às 11 horas e com trajeto difícil, foi INSUFICIENTE, pra dizer o mínimo.
Quando cheguei no km 8 e vi que não tinha nenhuma água, meu ânimo, meu psicológico e meu físico se juntaram e decidiram que ia ser muito complicado seguir no ritmo que eu estava. Aguentei até o km 9, mas depois a queda foi inevitável. Quando a água aparece no km 12, não adiantava mais. Eu já estava morto e praticamente sem forças. Fui me arrastando até o final. Do km 13 até o final, o ritmo caiu bem mais. Enfim, era uma pessoa que fingia correr, esperando ansiosamente por ver a chegada, e sendo ultrapassado por todo mundo.
Posso dizer, sem dúvidas, que essa prova foi uma das mais difíceis que corri. Percurso difícil e longo, atraso pra largar e falta de água. Consegui deixar a prova mais complicada descendo os primeiros morros muito rápido. Senti um leve incômodo no joelho, que me fez diminuir o ritmo inclusive nas partes plana. Além desse pequeno incômodo, tive todas as dores normais de quem corre 16 km, subindo e descendo morro. Queria tanto terminar a prova que parei de correr quando vi os cones. Ainda tinha mais 100 metros até o interior do ginásio. Essa parte fiz andando. Não aguentava mais. Fingi que corri antes de completar só pra sair bem na foto.
Apesar da organização problemática, a prova serviu pra aprender a correr em situações adversas. Era melhor que não houvesse tantos problemas, mas esses mesmos problemas vão ser úteis para futuras corridas que participarei. Espero que a organização melhore no próximo ano também. Por fim, a melhor parte. Sem querer, inacreditavelmente, ganhei um troféu nessa corrida. Na pior corrida, um troféu. Fui 5º colocado na minha categoria (20-24 anos). Fiquei surpreso e bem contente. Melhor ainda foi ver que tinha 6 corredores. Ou seja, ganhei de um, fato raro. O troféu amenizou um pouco o desempenho mediano na corrida. Tempo ruim, resultado bom.
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Ler também é um exercício. Exercício lembra corrida e já escrevi demais aqui. Fui correr!