Há corridas que você corre para valer, buscando tempo, e há corrida que você vai para se divertir, talvez treinar. A corrida que participei no último domingo se encaixa na parte de treinar e, também, se divertir. Era uma semana só após a maratona e fui com o intuito de tentar manter um ritmo leve no começo, constante. Ritmo de maratona, entre 5:30 e 5:40. Como seriam 8 km, pretendia correr a primeira metade bem tranquilo e aumentar aos poucos na metade final, dando um sprint no último km para este ser o mais rápido da corrida.
Corri um pouco na quinta-feira. Pode se dizer que só no domingo voltei de fato aos treinos e ritmos normais. Antes da largada, fui supreendido pelo Valmir Carvalho, presidente da ACORSJ, solicitando minha ajuda para marcar o percurso porque eu estava usando o Garmin. Medir distância de percurso pelo GPS não é o ideal, mas funcionou bem. Já que quase todo mundo tem GPS, não teve muita variação na distância. Diria até que foi a distância mais perfeita já aferida pela ACORSJ, modéstia à parte, e não aceito reclamações.
A tal da largada foi dada às 9:02. Seria às 9 horas. Ou seja, atraso de 2 minutos. Nunca atrasou tão pouco. Foi uma corrida diferente de todas as outras. Distância exata, largada no horário e, acreditem!, Beira Mar de Floripa com pistas fechada para os corredores. A parte da distância e do horário da largada pode ter sido meio por acaso, mas a Beira Mar fechada teve muito a ver, no meu ponto de vista, com o apoio que o exército deu para a prova. Olhem o nome da prova. Duque de Caxias. Quando tem apoio de outras instituições com mais poderes, as corridas podem fluir.
Essas considerações iniciais precisavam ser feitas. Até porque meu relato da prova em si é muito curto. Vamos aos fatos. Larguei e fiquei no ritmo pretendido. Importante: fui com os alertas do Garmin desligados. Não fazia ideia de que estava tão bem. 5:35, 5:37 e 5:39 foram as parciais dos 3 primeiros km. Constante demais. Milagre, milagre, milagre. E devagar, como eu queria. Chegando perto do retorno, estava me sentindo confortável e, meio sem querer, aumentei o ritmo, fechando o 4º km em 5:22. Já aquecido, não vi problemas em aumentar um pouco.
A volta já foi diferente. Acelerei desde o retorno, pensando em correr abaixo das parciais anteriores e no último km. Coloquei alguns corredores na mira para me motivar e acelerar ainda mais. 5:06, 5:13 e 5:02 foram as parciais do 5º, 6º e 7º km. Foi muito legal passar vários e vários corredores. Estava muito bem, sem dores ou cansaço. Chegando na placa do 7º km, era hora do sprint. E assim foi. Acelerei o que podia. Era um tiro de 1 km, afinal. É sempre mais legal quando o último quilômetro é o mais rápido.
Pensando depois, acho que comecei muito rápido. Lá pelos 500 metros senti que estava diminuindo o ritmo. Não podia. Meu único objetivo era um último km rápido. Fui, acelerei, passei mais vários corredores e avistei o pórtico. Finalmente estava chegando. Não ia aguentar mais muito tempo daquele jeito. Cheguei e parei o relógio. Vi o tempo final, mas não tinha visto a parcial. Estava um tanto ansioso para saber como foi meu tiro de 1 km depois de 7 km de aquecimento. Sabia, pelo menos, que tinha corrido aumentando o ritmo.
Peguei a medalha, umas frutas, água e olhei o Garmin. Último km a 4:24. Muito melhor do que achei que seria. Aí fez sentido aquela parte de não aguentar mais um nesse ritmo. Calculando aqui e acolá, cheguei em tais números: 22:13 (5:33 de média) nos 4 km da ida e 19:45 (4:56 de média) nos 4 km da volta. Ou seja, o split mais negativo de todos os tempos. Tudo bem que fui muito lento no começo, mas o final saiu mais rápido do que o esperado. Deu tudo certo nessa prova. Não me afobei, corri dentro do planejado e terminei muito bem.
Por ter o apoio do exército, a inscrição para os soldados (?) era mais barata e tivemos 409 concluintes. Número muito elevado para as provas de rua aqui em Floripa. Beira Mar estava lotada de corredores, grande parte do exército. Para mim, foi um treino bem sucedido. Agora tenho 95 corridas e farei o possível (leia-se: participar de todas as provas) para que a Maratona de SC seja minha 100ª corrida. Já está tudo programado. Essas provas até a maratona terão cara de treino. Recordes pessoais são bem-vindos, mas não esperados.
Olá Enio muito bom o Blog e adorei o Podcast, Dá uma visão geral dos acontecimentos, para quem gosta de correr é muito importante.
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