segunda-feira, 20 de junho de 2011

Meia Maratona de Floripa

O grande dia chegou. Meio que já não aguentava mais esperar e treinar. Só consegui dormir até às 5 da manhã de domingo. Ainda fiquei uma hora enrolando na cama até levantar. Segui os procedimentos normais de uma corrida, mas dobrei a parte da alimentação. Seriam 21 km e eu não estava com muita vontade de passar mal e desmaiar. Pegar o kit no sábado, com uma baita camiseta, é bem melhor. Coloquei o número na camisa e o chip no tênis na noite anterior. Tudo preparado pra corrida.

As manhãs de junho foram, até daqui, frias. Esperava frio na largada, principalmente por ser às 7:30. Que nada! Estava o melhor clima do mundo para correr. Temperatura amena e sem vento. Não podia ser melhor. Mais de 3 mil participantes. Foi a melhor corrida que já participei. Por sorte, fiquei na frente, bem perto da largada. Demorei só 17 segundos pra passar no tapete. Os vídeos da largada mostram as milhares de pessoas largando. Não parava mais de aparecer gente.

O processo da largada foi tranquilo. O pior estava por vir. Faltavam só 21 km pra terminar a prova. O objetivo estabelecido era aquele de abaixo de 2:30:00 e tentar abaixo de 2:17:00. Tinha comigo um objetivo oculto de completar os 21 km em menos de 2 horas. Não sabia se seria possível, mas era algo que tinha em mente. A única certeza que eu tinha é que não tinha certeza nenhuma de como meu corpo se comportaria depois do 15º km.

O começo foi tranquilo, com parciais muito abaixo do que eu esperava, todas abaixo de 6:00 min/km, na média de 5:28 min/km. Pensei comigo naqueles 5 km iniciais que não dava pra manter o ritmo até o final. Diminuí o ritmo mas ainda assim fiquei abaixo dos 6:00 min/km. E foi assim durante a primeira metade da prova. Começou a ficar ruim quando a posterior da coxa se manifestou depois do 14º km. Ali foi um momento complicado e faltava boa parte da prova.

Não sei o motivo ao certo, mas a dor passou. Ou esqueci dela. Talvez possa ter sido a água que eu tomei. Talvez as músicas que eu cantava na minha cabeça. Meu repertório se resumiu basicamente a 3 músicas, que fiquei cantando durante 21 km. Ou talvez as pessoas que ficavam na Beira Mar aplaudindo, incentivando. Isso dá um ânimo pro corredor que tá passando as dificuldades usuais. As plaquinhas de quilômetros demoram pra chegar, mesmo mantendo o mesmo ritmo.

Falando no ritmo, ele caiu muito no 18º km. Não é coincidência que tenha sido bem no momento das duas principais subidas. Primeiro foi o elevado, depois a subida da ponte. Além dessas duas subidas, tinha mais uma, lá perto do 20º km, pouco antes de chegar na Beira Mar do Estreito, na reta de chegada. Essas três subidas e o meu cansaço fizeram os paces do km 18, 19 e 20 ficarem acima de 6:00 min/km. Só no último quilômetro consegui fazer o pace abaixo de 6:00 min/km.

Se fosse resumir, diria que o ritmo foi bom até o km 17. Depois o ritmo caiu e recuperei um pouco no final. Sempre corro um pouco mais no último quilômetro. De qualquer forma, correr quase sempre abaixo de 6:00 min/km me proporcionou um baita tempo. Meu recorde na meia maratona. Sim, foi a primeira meia maratona da minha vida. Lógico que seria meu recorde. Só não esperava que fosse um tempo tão bom. Acabei a prova em 2:01:16. De acordo com meu GPS, fiz esse tempo correndo 21,320 km. Os 21 km fechei em 1:59:47. Ou seja, objetivo oculto alcançado.

A felicidade maior do mundo na melhor corrida da história de Florianópolis. Só tenho elogios para a organização da prova. Quero ver alguém reclamar alguma coisa. Foi tudo perfeito. Kit muito bom, prova excelente e percurso sensacional. O percuso foi a melhor parte, sem dúvida alguma. As duas pontes de Floripa, onde só passam carros, tiveram duas de suas pistas reservadas exclusivamente para os corredores. Metade da ponte era nossa, com o melhor visual do mundo. Fiz correndo o trajeto que sempre faço de carro. Sem palavras para descrever, apesar de já ter digitado várias para tentar.

A medalha da meia maratona é muito bonita e foi a que eu mais gostei de ganhar. Treino, dores, esforço, tudo valeu a pena. A classificação ficou final foi essa: 1018 de 1764 no geral e 878 de 1329 no masculino. As dores apareceram domingo, continuam hoje e duvido que sumam até terça. Tá ruim pra subir e descer escadas. É o tipo de dor boa de sentir, passageira. Agora quero fazer outras meias maratonas. Uma maratona é um sonho distante, mas também está nos planos. Não paro mais. Ninguém me segura.

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Ler também é um exercício. Exercício lembra corrida e já escrevi demais aqui. Fui correr!

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