Fui. vi e corri. São Silvestre tá na conta. Minha primeira São Silvestre, que sempre tive vontade de correr. Era
um dos meus objetivos como corredor amador. Fiz meia maratona e
maratona. Faltava a São Silvestre. Menor em distância, mas do mesmo tamanho em significado. A viagem em si e os dias em São Paulo foram bons demais. A São Silvestre foi a cereja do bolo, embora eu não goste de cereja. Fechou o ano da maneira mais perfeita possível. De alma lavada. E que lavada. Nunca corri com tanta chuva. Quem tá na chuva é pra se molhar. Assim fiz. Sem reclamar. Só diversão.
Cheguei na Avenida Paulista às 15:30 e procurei, junto com o Fernando, um lugar pra ficar o mais perto possível da largada. Lá ficamos, um pouco sentados, maior parte do tempo em pé, até ser dada a largada. No momento da largada, começou a chover. Nunca tinha corrido com tanta gente, seja correndo ou do lado de fora, participando, incentivando e gritando coisas que não conseguia entender. A largada é meio tumultuada, mas nada que eu não esperasse. Aliás, achei que ia ser bem pior do que foi. Devido à posição razoável na largada, demorei só 3 minutos pra passar pelo tapete do chip.
Comecei a corrida em um ritmo forte pros meus padrões. Não achei que ia conseguir correr assim logo no começo. Até o 7º km, consegui um ritmo muito bom. No 8º e 9º km, cansei. No 10º km, voltei ao normal, caindo novamente no 11º km. Chegou o km 12 e 13 e aí o pace subiu muito. Era a tal da subida de Brigadeiro. Sempre ouvi falar da dificuldade dela. Só correndo (ou tentando) pra sentir como é difícil. Nunca odiei tanto um Brigadeiro. Aquilo não para de subir. Menos mal que tinha a descida depois que chegava na Avenida Paulista.
Aproveitei a descida da Brigadeiro pra recuperar o tempo perdido. Não me preocupei com a descida ou com a chuva, que voltou a cair forte. Me larguei e fui do jeito que dava, desviando das pessoas, daquelas tartaruas do chão, de tudo. O único objetivo era correr o mais rápido possível. Desculpa, joelho, desculpa, pernas, mas teve que ser assim. Não me preocupei com o futuro. Só quis descer. Dois dias depois, ainda sinto um pouco de dor nas pernas e panturrilhas. Culpa da subida e descida, mas tudo dentro do previsto.
Fechei a prova com 1:24:23. Tempo excelente, levando em conta as subidas e o grande número de participantes. Não corri sozinho em nenhum momento. Foi muito massa. Nunca corri o percurso antigo, mas gostei muito do atual. Não senti dificuldades, além da Brigadeiro, nem corri travado. Foi bem tranquilo. Em cada subida ou descida, via aquele mar de gente na minha frente. Milhares de pessoas. Sensacional. Gostei muita da São Silvestre. Não tenho do que reclamar. Deixo isso pros corredores mais experientes e profissionais. No meu amadorismo, tudo funcionou bem.
A medalha foi uma das mais bonitas que já recebi. A imensa chuva do final atrapalhou um pouco. Não durante, mas depois da corrida. Muita lama, frio, tudo molhado. Se não chovesse, ou chovesse menos, o Ibirapuera seria um lugar ideal para receber os concluintes. Dizem que São Paulo é a terra da garoa. Foi tanta chuva que nem sei se dava pra organização fazer alguma coisa a respeito. Nada que diminua minha satisfação em participar da prova. Só não dou certeza que voltarei em 2012 porque o último dia do ano nem sempre está livre. Se for possível, terminarei o ano correndo de novo.
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Ler também é um exercício. Exercício lembra corrida e já escrevi demais aqui. Fui correr!