É com certa vergonha pela demora que venho escrever sobre a meia maratona que participei há 11 dias. Demorei tanto pra escrever que não sei se vou lembrar de muita coisa. Nunca mais atraso tanto pra postar sobre uma corrida. A memória já é ruim. Vamos ver o que consigo fazer nas linhas abaixo.
Primeiro de tudo: Gaspar não é uma cidade perto de Florianópolis. Acordei às 4:30 da manhã, a fim de me preparar e esperar a carona. Carona essa dada pelo Eduardo, mais a companhia do Renato e da Marta, corredores e fotógrafa oficial dos Loucos por Corridas. Enfim, acordei bem cedo e o tempo estava daquele jeito invernal. Um pouco de vento, outro pouco de frio e mais um pouco de chuva fina. Perfeito pra dormir. Pra correr também.
Foi minha segunda meia maratona. Dessa vez, já sabia que poderia correr 21 km. Como ainda estava meio afetado fisicamente pelas três corridas seguidas nos fins de semana anteriores, decidi que correria só pela diversão, sem tentar bater meu recorde pessoal. Se acontecesse, tanto melhor, mas não era o objetivo. Como o tempo estava demonstrando, a corrida começou com chuva fina e intensa. No começo da corrida não era o melhor cenário, mas depois ajudou a não sentir calor.
Fui no meu ritmo normal devagar, mas fiquei impressionado com o tanto de gente que me passou. Isso aconteceu, além da minha lentidão, porque tinha uma prova de 6 km também, no mesmo percurso. Aí já viu. Pessoal adoidado correndo pra fazer 6 km em 24 minutos e coisa e tal. Passados os 6 km, as coisas começaram a se normalizar. Continua no pelotão de trás, mas não em último, o que já me servia.
Tentei me concentrar em só correr. Até que estava dando certo. O problema começou lá no 8º km. Algumas pessoas na rua aplaudindo e incentivando me fizeram aumentar o ritmo. É aquela coisa de tentar aparecer e mostrar que tá bem. Muito errado. Gastei muito energia no lugar desnecessário. Me aguentei até o 12º km, o último km com pace abaixo de 6:00 min/km. A partir dali, tudo acima de 6 minutos, exceto no km 18. Por algum motivo que desconheço, fiz abaixo.
Uma das piores coisas nas corridas de rua é a parte de voltar pelo mesmo caminho de onde veio. Pior ainda é ver que mais de 250 corredores já passaram voltando por você e tu ainda está a caminho do 13º, onde se faz a volta. Desanima um pouco. Aí eu chego no lugar que faz a volta e ainda faltam mais 8 km. Cadê o ânimo? Ficou pra trás, mas precisava achar rapidamente. Posso dizer que a volta, os últimos 8 km, foi uma longa espera pela chegada.
Demorou, demorou, demorou, mas cheguei. Firme e forte. Mentira. Meio firme, não muito forte e totalmente cansado. Minhas pernas já se manifestavam. A segunda meia maratona foi mais tranquila porque eu já sabia que ia conseguir, mas mesmo assim foi sofrida porque meu corpo ainda reclama pra fazer 21 km. Aspesctos que vão ser aperfeiçoados para futuras meias maratonas.
Fim de prova, medalha gigante e frutas. Como a prova teve sua largada e chegada no Bela Vista Country Club, havia vestiários para tomar banho. Aquilo foi realmente muito bom. Depois assistimos a premiação e almoçamos. Só faltava mais quase 2 horas de volta pra casa. Uma viagem que valeu a pena. Resultado da meia: 287º de 333 no geral. Bem razoável. Tardei, mas relatei os fatos. Não sei se foi tudo exatamente assim, mas é algo perto disso.
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Ler também é um exercício. Exercício lembra corrida e já escrevi demais aqui. Fui correr!